sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sérgio Cabral e Eduardo Paes são os operadores do desmonte da educação pública promovida pelo poderio econômico

A serviço de quem a escola tem sido pensada e realizada?

A privatização do ensino público, a fragmentação do trabalho docente, a perda da autonomia dos professores e a submissão estrita aos cânones neoliberais.  Esses novos componentes que aterrissaram no Rio de Janeiro nos últimos anos no setor educacional, trabalham a serviço do capitalismo, com foco em metas de empregabilidade e enriquecimento de um País.

A sociedade precisa tomar conhecimento daquilo que já estamos carecas de saber e roucos de gritar: Existe um projeto neoliberal que diminuiu a importância do Estado e subordinou a educação às necessidades imediatas do mercado. Essas pessoas ignoram o fato de que a educação é a expressão e não a causa do desenvolvimento. Precisamos de um trabalhador com autonomia intelectual, crítico. E isso não se consegue com as metas desses economistas tecnocratas que eles colocam a frente das Secretarias de Educação propõem.

No fundo sabemos também que os governantes não passam de fantoches nas mãos de gente muito mais graúda que tem todo o interesse e lucra (e muito) com essa fragmentação estúpida e intencional do processo de ensino-aprendizagem.  (Como as organizações Globo no Rio e o grupo Abril em São Paulo)

No dia 07 de outubro é chegada a hora de todos darmos uma grande demonstração de força  nas ruas contra esse plano que eles estão executando de acabar de vez com a Educação Pública. Uma demonstração de força e de unidade, de toda a sociedade interessada num futuro melhor para os seus filhos. Jovens, mães, donas de casa, garis, artistas, empresários, cidadãos trabalhadores, que entendem muito bem a importância dessa causa que é de todos nós.

Vamos sem máscaras, de cara limpa, "sem armaduras", vista sua calça jeans , bote seu tênis, faça um cartaz qualquer ou não, como nas antigas, e vamos marcar presença, pisar forte naquele chão que é nosso de tantas e tantas lutas históricas. Não incentive a violência sobe nenhum pretexto, nós não precisamos disso para vencer. Vá de espírito limpo e alma aberta e, como um cidadão consciente, denuncie quem estiver com sprays, pedras, arrancando coisas das ruas ou tacando objetos. As Forças de Segurança do Estado tem a obrigação de lhe dar proteção, de garantir a sua integridade.


A pm quando chega ao ponto inaceitável de bater em professores, é em função do absoluto despreparo frente ao clima de guerra propositalmente instaurado por esses mesmos de sempre. E aí, infelizmente,  o DNA truculento da corporação fala mais alto. Por isso, creio qu
precisamos estarmos conscientes nesse momento, não aceitar proteção nem ajuda de ninguém, não embarcar nessa de que vamos para uma guerra, com um inimigo pronto pra nos atacar e de que precisamos dessa "linha de frente."  Onde nós estamos?! Nós somos professores, educadores, não podemos em hipótese nenhuma nos aliar a criminalidade. 

Essa coisa de dizer que muito desses  jovens (que se arriscam nas ruas) são nossos alunos, é pior ainda, depõe contra a categoria, pois devemos dar o exemplo para eles de que lutamos sem violência e não compartilhamos com "ataques preventivos" ou "defesas forjadas" em estratégias abusurdas de guerrilha urbana. Imaginar que por debaixo daquela máscara preta poderia estar um filho seu de 15, 16 anos tirando sangue das pessoas, depredando lojas na madrugada e correndo risco de vida, quem sabe ajuda um pouco...

Por mais que você esteja sendo insuflado nas redes, lembre-se com toda atenção: A nossa luta não é contra a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Debaixo daquelas fardas, estão tb servidores como você, aviltados em seu salário, que moram em comunidades e cujos os filhos utilizam também a escola pública. São, assim como nós, trabalhadores a serviço desse Estado com traços fascistas.

 Se os professores agora estão sendo treinados para a "guerra" nas salas de aula, vamos lembrar , mesmo que esse exercício seja duro de fazer, que eles são treinados para a guerra de verdade desde sempre. E que muitas vezes são instigados a corrupção por nós mesmos no dia a dia e estimulados a violência também por uma sociedade que aplaude invasões em favelas a pretexto de expulsar traficantes, como ocorreu no Complexo do Alemão.  
 
E esse clima de guerra não favorece a ninguém, tem que ser freado do lado de quem tem ainda algum resíduo de lucidez. De que adianta dar aulas teatralizadas nas ruas para tropas enfileiradas como estas que temos visto aí, e chegar em casa, abrir o computador e acirrar anda mais essa energia do ódio e da violência. Canalizemos essa energia para toda nossa indignação contra o governo. Um professor tem que ter uma coerência mínima na sua conduta e essa, acima de tudo, acredito, dever ser pautada pela ética e respeito aos beneficiários do nosso trabalho. Se muitos de nossos alunos são Black Blocs, como dizem alguns colegas, é preciso lembrar a eles que muitos filhos de policiais também o são, e merecem ser igualmente considerados nessa equação.

Digo com toda ênfase: A nossa luta não é contra a polícia, não é. Nós não podemos nos colocar nessa condição que o Estado está querendo, aceitando esse lugar de marginalidade. Nós somos professores! A mídia oficial -  O Globo - já percebeu que colocar os PMs na linha de frente da indignação geral, pode ser um escudo muito útil pra proteger os seus "governantes amigos" e garantir a sua sagrada mesadinha da verba federal. Malandramente, captando a enxurrada de vídeos e fotos que descem Facebook abaixo, já viram que pode ser uma ótima estratégia colocar a sociedade contra os "seguranças" da gang. E é isso que estão fazendo. Ou alguém acha que a Globo é tão boazinha assim pra alimentar as redes com esses vídeos?

Pois temos que dar uma resposta com sabedoria e determinação de que não somos tolos, facilmente manobráveis, somos professores, temos formação e senso crítico suficiente para saber muito bem que os grandes responsáveis por tudo isso de ruim que está acontecendo na Educação Pública. Todo esse mar de sujeira, insanidades, e efeitos colaterais dos mais imprevisíveis, não é culpa da PM mas sim dos seus chefes, o Sr. governador e do Sr Prefeito que terão que pagar por essas e outras iniquidades que estão praticando contra a população carioca.

Dia 07 de outubro vem aí, é o dia da Educação mostrar o seu grande e inestimável valor!

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