segunda-feira, 28 de outubro de 2013

E os outros brasileiros, presidente Dilma?

Embora tenha achado a atitude da presidente de prestar, via Twitter, solidariedade ao Coronel covardemente linchado em SP , não dá pra negar que ela fez sim uma escolha ao se pronunciar, já que o Coronel não é a única vítima de violência desses protestos.
E os pequenos comerciantes que choram suas lojas e bancas de jornais depredadas?
E aquele motorista de ônibus em estado de choque que foi obrigado a descer quando eles atearam fogo em plena Rio Branco e disse que por um milagre não ficou preso ali na cadeira?
E o passageiro desse mesmo ônibus que foi ferido na cabeça ao tentar sair as pressas do veículo em chamas?
E aquele pm que quase foi assassinado no Rio em junho de tanto chute e porrada que ganhou na cabeça?( ah, ali era um reles soldado e não um coronel)
E os professores do RJ que sofreram ensanduichados na guerra deles com a polícia.
E a menina Juliane, estudante da escola pública, baleada na manifestação na Favela de Manguinhos, por onde não se viu black blocs, a turma dos mascarados, nem mídia ninja? Aliás, que no dia seguinte, não recebeu a ilustre visita de um agente da lei do Estado, como aconteceu com o jovem de mesma idade baleado de raspão na semana anterior.
É claro que há um recorte aí, Dilma é a presidente do Brasil, sabe muito bem o peso de cada dedo em cada vírgula daquele teclado .
Temos como cidadãos que exigir da presidente que se pronuncie também contra a violência exercida contra a classe trabalhadora e a favela no caldo das manifestações burguesas que estão rolando por aí.

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