domingo, 6 de outubro de 2013

Marina Silva decepciona os que confiaram em sua promessa de renovação

Com palavras carregadas de doçura e discurso hermético, ex-senadora  faz uma ginástica intelectual para esconder a enorme contradição do caminho que escolheu.

Vamos direto ao ponto: Marina diz agora que quer se livrar de políticos tradicionais quando, na verdade, o quer mesmo são outros políticos – sejam direitistas, revolucionários, reacionários ou simples camelôs ideológicos.
O empenho de Marina para falar do “novo” ajuda a encobrir que, entre seus assessores econômicos, encontra-se André Lara Rezende, banqueiro  e profeta da decrescimento econômico, advogado da  teoria primeiro-mundista de que os recursos da Terra se esgotaram e que quem não ficou rico até agora deve desistir até de chegar a classe média baixa.Foi padrinho do Plano Cruzado – que ajudou Sarney a tornar-se imperador do país por um semestre, em 1986  – e do Plano Real, berço de tantas heranças, inclusive da privatização das teles, joia da coroa do governo FHC.

Seu homem na Justiça é Gilmar Mendes, capaz de dar dois habeas corpus, em apenas 48 horas, a Daniel Dantas, um dos banqueiros mais poderosos do Brasil
Seu maior patrocinador financeiro é a herdeira de um banco  que esteve ao lado de todos, absolutamente todos os governos brasileiros nas ultimas décadas, sem distinção de cor, credo, religião ou traje  – podia ser fardado ou à paisana.
“Novo”?  É Isso que ela chama de novo?!

Falar da velhice alheia é um dos atalhos mais conhecidos para uma pessoa fingir-se de jovem e seduzir os menos atentos naquela hora da festa em que a maioria dos seres vivos parece parda.
Eduardo Campos, pelo menos é mais transparente. Chegou a trazer para sua casa conservadores notórios, inclusive com ligações diretas com o regime militar. Estranho? Nem um pouco. A política brasileira, infelizmente, é feita assim.

O errado é querer tingir o cabelo, fazer uma lipo, tomar um banho de butique e  pensar que ninguém enxerga os sinais da plástica.  Para quem é adversaria assumida das usinas hidroelétricas, é que Marina Silva tenha ingressado no mesmo partido do ex-ministro Roberto Amaral, um dos poucos políticos brasileiros que é partidário declarado de pesquisas nucleares, seja para fins pacíficos, e mesmo para conhecimento da fissão atômica, necessário para a produção de artefatos militares.
Que renovação é essa, meus amigos?Simples. É a renovação de quem procura um palanque, confunde a  memória e quer nos fazer acreditar que não houve história. (PML, Isto é)

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