quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A favela sangra e grita. Não dá mais pra calar!

Sabe qual a diferença da revolta dos filhos da classe média burguesa pra revolta dos filhos da classe operária nas periferias?
No centro da cidade ou no Leblon, o  jovem sai de casa preparado com seu celular de ponta, sua máscara, sua mochila, com todo seus kit-manifestação. Ele  quebra tudo, sai destruindo agência, banca de jornal, queima lixeira e até ônibus,  joga pedra, saco de mijo no guarda faz o diabo...
Em seguida a polícia “reage” corre atrás de uns ou outros, apanha um pouco também, debaixo de flashes, filmagens ninjas, engravatados da OAB, e tudo o mais...
No dia seguinte viram heróis no Facebook,  vândalos para a grande mídia e serão  compreendidos por psicólogos , sociólogos, articulistas progressistas e pela  intelectualidade geral da nação .
Na favela é diferente.  Lá,  jovem, negro,  é espancado todo o dia, quando tem um motivo real para se revoltar (eu disse real e não pirracinha de playboy ou de anarquista de tênis adidas)  e reage a truculência que o massacra, a sua família e a seus amigos, como o assassinato de um colega , só nessas circunstâncias é que vai pro desespero total e tenta se fazer ouvir .
E ali não vai ter flashes, não vai ter ninja, não vai ter gravata, não vai ter p. nenhuma.

No dia seguinte são bandidos e ponto. Da sociedade, terão a  indiferença e o silêncio de sempre.


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