sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Para onde estamos caminhando?

Caso Royal: Perícia não encontra registro de maus tratos nos animais
E agora? E essas pessoas  que invadiram e retiraram 170 cães em nome de uma causa particular? E  a socialite paulista que liderou o movimento, o que tem a dizer? Saberá a dondoca mais do que os biólogos , veterinários e técnicos que cuidavam dessa questão de perto?

E ainda, na carona disso e pra não perder o gancho, o que dizer da invasão no treino do Vasco que colocou em risco sim a vida dos atletas?

E se essa moda pega? Suponhamos que eu seja um cinéfilo inveterado, o atendente da locadora sugere aquele  filmaço, se não concordei com ele e o filme é de amargar eu vou lá e desconto minha indignação  quebrando a vidraça do estabelecimento?

Quem vai mensurar isso, meu Deus? Quem poderá arbitrar em cima da "dor alheia" provocada pelo outro, seja ela uma pessoa, um grupo ou uma instituição?

Vamos virar todos Michael Douglas quando resolvermos a hora de ter o nosso Dia de fúria?

Que sociedade é essa que estamos formando? Qual o limite entre liberdade, noção de justiça e violência? 

Então agora é assim que vai vigorar no país das novas manifestações burguesas: Se um  ou mais indivíduos se sentirem  prejudicados de alguma forma, por um juízo extremamente subjetivo, a solução será partir para o ataque, invasão, depredação, e porrada ?

Por favor, vamos cessar essa onda alucinada de violência enquanto é tempo. Para onde estamos caminhando?!

Vamos voltar a era medieval? Resolvendo todas as nossas querelas , no pau , na pedra e no confronto?!

Eu fico muito espantado com isso tudo. Com esse conceito de liberdade que está vigorando aqui no Brasil do capitalismo tardio e mal copiado, o individualismo extremo agora está sendo trocado pela lei do juízo próprio que se arvora no direito de fazer justiça pelas próprias mãos?

Isso é muito perigoso, vamos parar, ouvir a voz da sensatez, antes que uma "consciência coletiva" perigosa se forme de vez e nos conduza a marchar todos juntos, de braços dados, para o precipício.

Não a violência em todas as suas formas. Ainda é tempo. 

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