quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Como uma sociedade inteira pode ser manipulada pela força das imagens e das palavras

Nesses tempos conturbados em que a mídia oficial demonstrou estar completamente corrompida pelos interesses econômicos e ideológicos; nesses dias agitados em que a maior rede social do mundo se tornou uma usina de produção de verdades - numa avalanche de montagens, jogo de imagens e relatos que sufocam a reflexão ponderada e o senso crítico, vale muito a pena ver o vídeo abaixo.
 
É da educadora e comunicadora social  Diana Andringa, filmado na praia de Carcavelos, em Portugal. Muitos jovens juntam-se ao sol. Há tensão e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as televisões apresentam a a nação "o maior arrastão da história do país", um crime massivo, centenas de assaltantes negros, em pleno Dia de Portugal

O noticiário torna-se narrativa apaixonada de um país de insegurança e "gangs", terror e vigilância. "Era uma vez um arrastão" passa em revista as consequências políticas e sociais de uma notícia falsa que se alastra como fogo em gasolina. Esse evento está escrito na história da manipulação de massas em Portugal.

O que aconteceu em Portugal pode acontecer, em maior ou menor proporção e guardadas as devidas singularidades, em qualquer lugar do mundo, num quintal próximo de você. Basta que tenhamos ranços históricos com determinadas instituições, uma massa indignada sedenta por justiça (ou por aquilo que interpretam como sendo o justo), e canais disponíveis 24 horas para alimentar as mentes e os corações com imagens, músicas chocantes, personagens e relatos que vão de encontro a algo que as pessoas estão "dispostas" e abertas a ouvir.


A destemida Diana Andringa mostra que, nesses momentos de crise, se uma única voz não se deixar enredar pelo senso comum imposto a base da gritaria e conseguir manter o distanciamento suficiente para não ser envolvida na catarse geral da nação, pode fazer muita diferença!

Assista ao vídeo em 4 partes:


https://www.youtube.com/watch?v=9pfS50Ycguw

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