terça-feira, 29 de outubro de 2013

A indiferença com o extermínio de jovens negros é um daqueles raros momentos em que a sociedade fecha consenso

Da extrema direita a esquerda festiva, de cima pra baixo e de tudo quanto é lado, do playboy mascarado a intelectualidade orgânica da academia , quando o assunto é direito das pessoas pobres, negras e faveladas,  embora no discurso ainda vejamos diferenças, na prática, a VIDA REAL nos mostra que essas pessoas são absolutamente invisíveis e não tem com quem contar. 


A presidenta emitiu há pouco uma nota em solidariedade ao adolescente Douglas Rodrigues, assassinado em São Paulo. É fundamental que o faça, mas vale comparar a mensagem com a que foi dirigida ao coronel da pm Reynaldo Simões.

Na postagem sobre o coronel Dilma é firme e diz que não vai medir esforços para que esse tipo de violência cesse, o que está certa em fazer como primeira mandatária da nação . Porém, na postagem dirigida à família e amigos de Douglas, a presidenta evita dar nome aos boi e não toca na ferida da violência de Estado contra a população negra e favelada aqui no Brasil. 
De uma forma genérica, diz que "milhares de outros jovens negros da periferia são vítimas cotidianas da violência" , mas escolhe não ir a fundo nessa questão. 

E mais, atribuir a  desigualdade no Brasil a razão dessa verdadeira dizimação de pessoas , é usar o mesmo discurso vazio e  cínico típico das elites, ou então revela um total desconhecimento dessas causas. Para qualquer das opções, nesse aspecto específico, lamentável a postura de Dilma.

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