Parece que o jogo do colégio
médico é de marcado interesse e agressividade, onde valem mais as cédulas
verdes (dólares) que as células vivas (vida).
Ninguém é contra o
CFM submeter médicos cubanos a exames (Revalida), como deve ocorrer com os
brasileiros, muitos formados por faculdades particulares que funcionam como
verdadeiras máquinas de caça-níqueis.
Se não chegam médicos cubanos, o que dizer à população
desassistida de nossas periferias e do interior? Que suporte as dores? Que
morra de enfermidades facilmente tratáveis? Que peça a Deus o milagre da cura?
Médico cubano não
virá para o Brasil para emitir laudos de ressonância magnética ou atuar em
medicina nuclear.
Virá tratar de verminose e malária, diarreia e
desidratação, reduzindo as mortalidades infantil e materna, aplicando vacinas,
ensinando medidas preventivas, como cuidados de higiene.
Cuba, especialista em medicina preventiva, exporta médicos
para 70 países. Graças a essa solidariedade, a população do Haiti teve
amenizado o sofrimento causado pelo terremoto de 2010. Enquanto o Brasil enviou
tropas, Cuba remeteu médicos treinados para atuar em condições precárias e
situações de emergência.
Outra iniciativa, que está sendo absurdamente criminalizada
pelo CFM, é a ótima proposta do Senador Cristóvão Buarque. Que os médicos
brasileiros formados nas universidades públicas brasileiras trabalhem 2 anos em
pequenos municípios carentes para que o seus registros médicos sejam
reconhecidos. Seria uma forma de melhorar o atendimento onde muitos médicos não
querem se fixar.
Por que o CFM nunca reclamou do excelente serviço prestado
no Brasil pela Pastoral da Criança, embora ela disponha de poucos recursos e
improvise a formação de mães que atendem à infância? A resposta é simples: é
bom para uma medicina cada vez mais mercantilizada, voltada mais ao lucro que à
saúde, contar com o trabalho altruísta da Pastoral da Criança. O temor é
encarar a competência de médicos estrangeiros.
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