Aparentemente a grande (velha) mídia identificou nas manifestações
– iniciadas com um objetivo específico, a redução das tarifas de ônibus na
cidade de São Paulo – a oportunidade de disfarçar o seu papel histórico de
bloqueadora do acesso público às vozes – não só de jovens, mas da imensa
maioria da população brasileira. Mais do que isso, identificou também uma
oportunidade de “descontruir” as inegáveis conquistas sociais dos últimos dez
anos em relação ao combate à desigualdade, à miséria e à pobreza.
Não é a primeira vez em nossa história política recente que a grande (velha) mídia se auto-atribui o papel de formadora e, simultaneamente, de expressão da vontade das ruas – vale dizer, da “opinião pública”.
Não é a primeira vez em nossa história política recente que a grande (velha) mídia se auto-atribui o papel de formadora e, simultaneamente, de expressão da vontade das ruas – vale dizer, da “opinião pública”.
Embora consiga disfarçar com competência suas intenções, tudo
indica que, ao proceder assim, a grande (velha) mídia na verdade agrava – e não
atenua – a crise de representação política.
Se não existem as condições para a formação de uma opinião pública democrática – de vez que a maioria da população permanece excluída e não representada no debate publico – não pode haver legitimidade nos canais institucionalizados (partidos políticos) através dos quais se escolhe os representantes da população. O resto cada coletivo, grupo, pessoa, partido pode apresentar o que quiser.
Se não existem as condições para a formação de uma opinião pública democrática – de vez que a maioria da população permanece excluída e não representada no debate publico – não pode haver legitimidade nos canais institucionalizados (partidos políticos) através dos quais se escolhe os representantes da população. O resto cada coletivo, grupo, pessoa, partido pode apresentar o que quiser.
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