Sirley Dias, a empregada doméstica agredida gratuitamente por jovens na saída de um condomínio na Barra da Tijuca, em 2007, receberá de indenização 500 mil reais, por danos morais e pelos anos que ficou impossibilitada de trabalhar. Lembro-me que, na época, os jornais estampavam que esses criminosos a haviam confundido com uma prostituta e não houve uma só voz que se levantasse para dizer que uma prostituta não merece levar socos e ser chutada na cabeça a ponto de quase ficar cega como aconteceu com ela.
É esse tipo de mentalidade preconceituosa que levou a juíza Ana Delduque, a "rasgar a lei Maria da Penha" e não conceder abrigo a Elisa Samudio, quando esta procurou a justiça, alegando que seu caso com o ex-goleiro não configurava um relacionamento. Deu no que deu.
É claro que é muito bom que ela seja indenizada, mas a sociedade não pode mais aceitar calada esse tipo de agressão gratuita contra as mulheres, já que a mídia e a lei parecem fazer vista grossa. Eu sei que aí já são "outros quinhentos", mas esses também interessam tanto quanto os da indenização.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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