Só faltam O Globo e a Folha
Sobre o pretexto da transparência no ato de informar a sociedade e com um comovente discurso o jornal Estado de São Paulo foi o primeiro a assumir em seu editorial a preferência explicita pelo candidato do PSDB a presidência da república.
Bom, pelo menos agora acabou aquela história de que “somos um bando de paranóicos”, de que “a mídia agrega sim várias opiniões etc”. Taí óh, pra quem quiser ver como dizia Raul Seixas “ “O monstro existe, é arretado e tá doido pra transar contigo!”
Brincadeiras a parte, é claro que a transparência é sempre muito melhor do que essa farsa imbecil, esquizofrênica e suicida e essa declaração é , sem dúvida, um fato marcante na história do jornalismo brasileiro.
Mas se eu disser que estou comovido estarei mentindo. Aos 47 do segundo tempo, o jornal resolve tomar essa atitude de risco.. sei. Ora, é claro que não foi por um arroubo democrático repentino. Na verdade o que aconteceu é que sentiram a pressão da Internet, a crescente e inexorável força dos blogueiros progressistas, da mídia alternativa que se uniu, colocou gente na rua e, pela primeira vez, pautou o debate sobre o golpismo midiático dentro das redações desses mesmos meios de comunicação. A coisa , de quebra, reverberou na sociedade que enfim discutiu o chamado “golpe da mídia”, ou seja, caiu na boca do povo. Babou pra eles, como se diz aqui no Rio!
Ora, o que fez o Estadão diante desse cenário? Tentou antecipar o que talvez julguem ser uma tendência através de um cálculo mercadológico simples: É preferível assumir que somos Serra logo e temos um lado, com isso resgatamos a credibilidade do leitor que está indo pras cucuias - com esses blogueiros chatos, sujos e fofoqueiros - e ainda ficamos muito mais a vontade pra redigir e fazer nossas matérias. (até porque manipular e enganar do jeito que eles fazem, meu irmão, deve dar um trabalho...rs..) . Salvemos nossa pele, ainda dá tempo, devem ter pensado.
Ledo engano. Agora já era. O fim da velha mídia é irreversível. Esse tipo de jornalismo socialmente irresponsável e absolutamente fora de controle está com os dias contados no Brasil. E tenho plena convicção de que eles, os barões da mídia, serão os principais artífices da sua própria destruição.
Esses veículos, que ganharam uma corda danada na ditadura militar, em 2005 resolveram pegar essa corda que tinham nas mãos e esticar até não poder mais. Agora em 2010, foi uma farra só, levantaram a corda pro auto e rodaram a vontade, pareciam até cowboys . Só que dessa vez, meus amigos, a coisa está um pouquiiiiinho diferente: a corda - esticada , suspensa e rodopiada- não tendo mais pra onde ir, agora está descendo, devagarzinho mas tá, já passou pelas cabeças e mais hora menos hora alcança o pescoço deles, um por um, barão por barão. Folha, Globo e Estadão: seus dias de iniqüidade estão contados.
sábado, 2 de outubro de 2010
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