terça-feira, 30 de abril de 2013

Corrupção e morte: A putrefação da CBF

Havelange e Teixeira

Vazam os áudios de José Maria Marin, acusado de colaborar com a tortura no Brasil
O ódio do pres. da FIFA a democracia
O mundo encantado da filha de Havelange

 

 

Vídeo imperdível sobre a formação de opinião do brasileiro médio na mídia conservadora

http://www.youtube.com/watch?v=KfTovA3qGCs&feature=player_embedded
 
 

A maioridade penal e o senso comum

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed744_as_dificuldades_de_argumentar_contra_o_senso_comum


Frei Betto fala sobre os nossos jovens

Juventude e produção de sentido

Maioridade penal e Estado Omisso



Folha de São Paulo, a tortura e o ministro da des(educação)

Mercadante, o Ministro que envergonha o Brasil

http://www.rodrigovianna.com.br/tag/ivan-seixas-sobre-a-carta-de-mercadante-a-folha

O nível de despreparo do Supremo Tribunal Federal brasileiro

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-necessidade-dos-poderes-mostrarem-maturidade

 

A proximidade do âncora da Globo com Pinochet

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/04/o-que-pinochet-disse-alexandre-garcia.html

Governo enriquece a Globo (tá difícil, Dilma..)

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/04/alem-de-nao-regular-comunicacao-governo-estimula-oligopolios/

sábado, 27 de abril de 2013

O retorno a si mesmo: Quando a ida é o primeiro passo da volta

"Hoje eu me sinto, como se ter ido fosse necessário para voltar"
                                                                        (Gilberto Gil)

Quando abrimos os braços e "olhamos para o alto", abrimos também o peito e nos entregamos para o que sentimos, num movimento instantâneo e irresistível. Nesse momento não há mais percepção, nem entendimento, apenas uma profunda sensação de mergulho e envolvimento, não há mais dúvidas, pois estas ficaram em outro plano, também não há mais pensamento, pois este é o pai de toda dúvida. Não há tempo, não há espaço, não há pensamento. É quando tudo se faz um só.

O estado de maravilhamento, ou de contemplação, se dá quando sentimos em nosso verdadeiro"ser" a convicção de que não somos feitos de pensamento. Eles vivem em nós, se alternando o tempo todo num ritmo frenético , muitas vezes produzindo emoções de todas a ordens e clamando por atenção, mas, por não nos pertencerem, não merecem um pingo da nossa inclinação.

Na série americana Lost, isso foi mostrado de forma muito interessante. Os personagens eram atirados em "túneis do tempo" e de repente se viam em lugares e situações que tinham que aprender a enfrentar na cara e na coragem; muitos sucumbiam. Por detrás de tudo, dois "personagens"disputavam uma estranha partida num tabuleiro em frente a praia, cujas pedras eram as vidas alheias. Assim é nossa mente, a morada do traiçoeiro, que vez por outra nos desloca, ou melhor, nos joga pra lá e pra cá e está sempre nos convidando para mais uma "partidinha".

Algumas religiões (as cristãs, principalmentte) distorcem e até manipulam quando dizem que uma mente pura é aquela desprovida de pensamentos ruins ou maléficos e que esses, quando surgem , é porque há algo de errado com a nossa conduta. O pensamento ruim ou bom, negativo ou positivo, que nos assombra e que nos conforta, que nos alimenta a alma ao mesmo tempo que nos ilude, habita em todas as mentes, (o espírito mais iluminado, quando veio a este mundo, esteve, ocasionalmente, a mercê deles), vez por outra se traveste e nos chega de formas infinitas que nem conseguimos perceber, pois a mente é mesmo a morada do traiçoeiro.

Quando estamos ainda vibrando em função das coisas desse mundo, de fato somos o que pensamos. Porém vivemos uma ilusão, já que simplesmente achamos que somos aquilo que pensamos. Para o bem ou para o mal, enquanto por aqui estivermos e aqui ajuntarmos "nosso tesouro" (mente), seremos sempre, em última análise, condicionados pelo pensamento, prisioneiros da força de nossa mente, e é até natural que assim o seja, embora não desejável.

"Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, dela ceifará seus dividendos; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

                                                                                       (Gal 6:7)

Foram dois os principais legados de Jesus, quando viveu aqui entre nós. O primeiro, o amor incondicional. E o segundo, não menos importante, e que de uma certa forma complementa o primeiro, a mensagem de que esse mundo não era o único: "O meu reino não é desse mundo" (Jo, 18:36).

Nós somos muito mais do que isso que percebemos. O pensamento é desse plano, do ser egóico, que passa a vida dando vazão, se inquietando, acumulando pra depois identificar, vigiar e cuidar; mas tudo isso no final das contas não importa, pois é, e sempre será, o pensamento. Limitado nessa dimensão, como aqui estão também limitados as unidades de "tempo" e "espaço", conforme as concebemos.

Um valioso ensinamento budista diz que é bom para o homem domesticar a mente que, de difícil domínio, e veloz, corre para onde lhe agrada; isso de fato traz felicidade; mas ele segue dizendo que assim como a água turva não mostra os peixes e as conchas embaixo, acontece com a mente humana,  pois seu poder é limitado, condicionado por natureza.

A consciência essa sim é elevada, integrada, e eterna. A consciência é o que somos. E ela é limpa e cristalina como a água. Pensamentos podem nos invadir, podem ir e vir a vontade, podem, eventualmente, até atrair o bom e o ruim, mas no estado de luz, de plenitude e unidade com o TODO, jamais irão nos capturar. Para um ser que descobriu o quão fantasioso e ardil eles podem ser, pensamentos não exercem poder algum pelo simples fato de "não existirem", serem uma mera ilusão dessa passageira vida terrena. Sábias foram as palavras : Não ajunteis tesouro algum na Terra...onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."

Viver pela consciência é viver bem leve, sabendo que nada desse mundo tem valor intrínsico, a não ser o amor por todas coisas visíveis e invisíveis e antes de tudo por si mesmo. Viver nesse amor é a única forma de colocar nosso tesouro em outro plano, e experimentar em vida um pouco dessa dimensão maior que extrapola todos os sentidos.

Já dizia o Eclesiastes há dez mil anos: "Debaixo do sol não há nada novo", tudo vem e tudo volta num eterno devir, "a mais alta sabedoria que se alcance nesse mundo pode vir a ser loucura aos olhos de Deus.."; por isso, não nos enganemos: Nós não somos o que pensamos. Isso vale tanto pro incauto quanto para o atento. Nós somos muito mais que isso, somos feitos para experimentar o céu na terra. Somos seres de luz, parte do Todo. Somente quando nos sentimos assim, totalmente vazios de significado (como pregava Krishnamurti), conseguimos nos elevar e ver o quanto o pensamento é pouco, frágil, desse mundo. E o quanto nós não temos nada a ver com o que ele provoca.

                                                        Feel in the one drop!

                                                                (Bob Marley)

 Nosso corpo físico, mental, emocional, além de ser afetado por tudo que circula nesse planeta (energias, heranças genéticas, pensamentos, etc) é constantemente agredido por nós mesmos com maus tratos, ignorâncias diversas, substancias tóxicas, e toda sorte de ações diárias que contribuem para o seu desequilíbrio - desse modo, ele apresenta mil imperfeições e assim será até o último dia de nossa última respiração. Esgarçamos o nosso ser até não poder mais, até que chega um determinado momento em que, de tanto caminharmos nesse mundo, recebemos 'um chamado', algum tipo de despertar que nos sugere uma viagem pra dentro de nós mesmos.

 De fato, é um caminho fascinante e as vezes até fundamental, se perceber, buscar se conhecer. Sócrates dizia que "Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida". Fazer do corpo um lugar que visa o nosso crescimento, voltar a atenção para nós mesmos, com amor e generosidade, pode ser uma experiência singular que produz efeitos positivos e provoca mudanças extremamente valorosas. Nossas imperfeições podem ser trabalhadas, nossas potencialidades ficam mais claras e a vida pode ser muito melhor.

Acredito que essa seja uma etapa extremamente importante do processo de aprendizado sobre a nossa estada nesse Universo, principalmente quando assimilada sob o aspecto de uma possibilidade que não pode se encerrar nela mesmo, e que fomente um "ir ainda mais além"..Dizia Nietzshe que "Se tu olhares muito tempo um abismo, o abismo também olha pra dentro de ti". Trata-se dos limites da jornada pelo auto-conhecimento. Assim, creio que o mais profundo mergulho pra dentro de nós mesmos não é capaz de nos dar nem uma leve pista do quanto de nós existe fora da gente. Eu vou além e arrisco dizer que quase a totalidade do que realmente somos está fora da gente.

E a decisão de "sairmos de nós", assim como a do passo de "voltarmos para nós", requer entrega e confiança: Nos lançamos no que não vemos, naquilo que não podemos compreender, e aí percebemos que nosso ser (corpo e mente) pode, apesar de todas as suas marcas e cicatrizes, ser um vaso limpo, perfeito, que através da consciência , se integra ao universo. No plano da consciência - que podemos experimentar em parte aqui nessa vida - não haverá espaço para o pensar. Essa certeza eu tenho, é um ato de fé. Experimentaremos uma outra forma de..(faltam-me palavras e isso é um bom sinal) assim como acredito  que o tempo e o espaço também assumirão outras formas.

Por enquanto, aqui nesse planeta, enquanto estivermos nesse corpo físico, só nos resta cuidar muito bem dele, procurando, com amor e atenção permanentes por si mesmo, manter o seu equilíbrio afim de minimizar a onda de pensamentos pra que esses não venham ainda mais intensos, confusos e inconstantes e nos fazendo desperdiçar energia preciosa pra dar conta deles.

Quanto mais equilibrado o ser humano estiver menos necessidade terá de buscar o equilíbrio, ou menos necessidade terá de buscar e isso é maravilhoso! Como as plantas, os animais e as estrelas do céu e do mar ele apenas viverá, deixará fluir, sorrirá, não levará as coisas muito a sério e não se levará também muito a sério. O nosso mundo, essa vida agitada e a cada dia mais sem sentido, definitivamente não foi feita pra ser levada tão a sério, compreendida, muito menos aquilo que chega em nossa mente.

Quando pararmos de dar importância a essas "mensagens baixas" que nos invadem sem pedir licença, é porque finalmente é chegada a hora de sair, de dar o "drop final". Perceberemos então o Todo se comunicando com a gente, e nos conectaremos com o que é verdadeiramente belo. Silenciar pra poder sentir, parar para ir além. Para mim, hoje, não resta mais dúvida: No retorno para o que verdadeiramente somos a ida é o primeiro passo da volta.
 
http://www.youtube.com/watch?v=ecirRN_b0aY

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Na alegria e na tristeza, o companheiro de todas as horas.

Facebook: A mágica que transforma 'ilusão empacotada' em gente de carne e osso.

Vendo as charges fiquei pensando: Acho que a humanidade (ou parte dela) merece mesmo ser feliz ali dentro.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/algumas-charges-sobre-as-redes-sociais#comments

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Globo não admite Lula no New York Times

Vocês viram como o Globo deu essa notícia hoje no impresso? Nela, Lula, que teve a honraria de ser convidado a escrever num dos principais periódicos do mundo, não é chamado de ex-presidente, mas sim de "petista"
"O petista vai escrever.." "O petista foi convidado pelo NYT"..
Tudo bem que FHC passe recibo da inveja qu sente de Lula, mas o jornal agir dessa forma, como se tivesse sido editorializado num boteco do Leblon?!
É essa a nossa mídia? Que coloca o leitor como mero espectador de uma guerra ideológica contra um governo e no meio de uma batalha virulenta e pessoal contra uma pessoa?!
Mesmo que odeiem, não concordem, não sejam alinhados, não importa, cacete!, o mínimo que deveriam ter é respeito pela figura de um ex-presidente que, queiram eles ou não, fez muito por esse país e é amado pelo povo.
sem mais.

Número de Doutores e Mestres quadriplicou no Brasil...

Mas o Estadão se "esqueceu" que o grosso do caldo se deu no governo Lula..

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/numero-de-mestres-e-doutores-quadruplicou-em-15-anos

Dilma sopra feio na caxirola de Carlinhos Brow

http://blogdojuca.uol.com.br/2013/04/essa-nao-presidenta/

quinta-feira, 18 de abril de 2013

UFRJ vai investigar trote de alunos da faculdade de medicina

Primeiro de tudo: É ilegal. Como pode alguém ingressar numa carreira tão essencial a sociedade já sendo submetido e ou participando de livre e espontânea vontade de uma prática ilícita?

É inacreditável o baixo nível que beira a delinquência dessas pessoas privilegiadas que, numa atitude de ingratidão a 'sorte' que tiveram de ingressar em profissão tão elitizada, demonstram um total desprezo pela vida humana.

Com vocês os futuros médicos do Brasil:

ps: O Feliciano nã tem nada a ver com isso

http://noticias.orm.com.br/noticia.asp?id=641451&%7CUFRJ+vai+investigar+trote+de+alunos+de+Medicina%22

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Diga não a redução da maioridade penal

A mesma velha história..


O ato de Gerald Thomas e a violência contra a mulher

Do blog do Sakamoto

Tempos atrás uma jornalista levou, sem autorização, um bebê de uma maternidade para provar que o local não tinha segurança. Justificou-se que aquilo era uma reportagem. Não, não era. Era sequestro. Lembro-me dessa história quando li a justificativa do diretor de teatro Gerald Thomas para a cena que protagonizou enfiando a mão sob o vestido de Nicola Bahls sem permissão. ”A mulher não é um objeto. Mas não deveria se apresentar como tal”, escreveu em sua defesa. Justificou-se que era um alerta à hipocrisia da sociedade, uma performance intimidatória. Não, não era. Era violência.
“Essa imprensa careta de um sensacionalismo careta. A gente leva tudo da brincadeira e eles não”, reclamou após toda a polêmica levantada. O apresentador do “Pânico”, Emílio Surita, concordou: “estamos em um programa de humor e vamos fazer brincadeiras”.
Brincadeira, brincadeiras… Pedi a seis comunicadoras (para permanecer no mesmo campo de atuação de Gerald e Emílio) e militantes pelos direitos das mulheres explicarem o que é machismo para quem não vê problemas no comportamento do diretor de teatro. Seguem as respostas:
E se você, amiga jornalista, sentisse as mãos de um colega apalpar sua bunda enquanto vocês sobem o elevador de um prédio a caminho de mais uma entrevista? Putz, talvez você tenha engordado e aquela calça jeans tenha ficado muito apertada… mais atenção da próxima vez! E você, professora, o que acharia se, no meio de uma reunião com o diretor da escolar, ele espiasse o seu decote (que você jurava que era discreto) e, na sequência, arrumasse um jeitinho de roçar os braços nos seus seios ao se abaixar para apanhar uma caneta? Puxa, talvez você tenha exagerado… aquele decote não era tão discreto. Ou você, doutora advogada, que no meio da reunião sentiu os pés do colega sentado ao seu lado subir por suas canelas, e de repente as mãos dele já estavam nos seus joelhos… por que foi mesmo que você inventou em ir de saia a uma reunião? E você, estudante, que saiu da aula às 11 da noite e, naquela esquina escura, já perto de casa, foi surpreendida por um cara que tapou tua boca, levantou teu vestido, te segurou com força e meteu o pau na tua vagina? Quanta dor! Mas não importa, a culpa foi tua, que usava aquele vestido curto tão tarde… Machismo é muitas coisas. Mas é sobretudo uma violência apoiada na naturalização das desigualdades sociais entre homens e mulheres. É o machismo que, diariamente, tenta se apropriar do nosso corpo e nos subtrair algo que é caro a qualquer ser humano: a nossa autonomia.
Mariana Pires, jornalista
Machismo é pensar que o corpo feminino é um território livre para os homens se divertirem, que está à disposição sempre que quiserem entrar. É encarar que um vestido curto e decotado dá permissão para apalpar uma mulher. É se considerar esperto por supostamente estar invertendo a postura inconveniente e intimidadora dos apresentadores de um programa de TV, quando na realidade está reproduzindo a cultura do estupro, que lutamos para denunciar e eliminar. É achar graça de uma situação que invade a intimidade de uma mulher sem o consentimento dela, é considerar uma brincadeira válida “conferir” se a entrevistadora não é uma travesti, causando visível constrangimento a ela. É achar que foi uma ação contra a caretice dos dias de hoje, que fez uma grande performance artística, que abriu os olhos para a hipocrisia da nossa sociedade, quando o que fez foi simplesmente reiterar em frente às câmeras de TV, e banalizar ainda mais, a violência sexual que as mulheres enfrentam cotidianamente, nas ruas, no trabalho, dentro de casa.
Fernanda Sucupira, jornalista
O que Gerald Thomas e aquele babaca que passou a mão na sua bunda no ônibus lotado tem em comum? Fácil: os dois acham que têm o direito de violar o corpo da mulher da maneira como bem entenderem. A diferença é apenas o glamour com que tal ação é executada. No primeiro caso, o artista utilizou um argumento relativamente elaborado para forçar sua entrada embaixo da saia da entrevistadora. Segundo ele, o programa “Pânico” objetifica a mulher e, portanto, nada mais natural (?) que protestar contra isso fazendo exatamente a mesma coisa e sendo tão ou mais perverso. Mas, ao fim e ao cabo, o que ele fez não é diferente de todo assédio cotidiano que as mulheres sofrem porque parte do mesmo princípio: vou usar o corpo da mulher para provar meu ponto de vista, seja bulinando, estuprando, batendo ou torturando. E isso é machismo.
Maíra Kubik Mano, jornalista e cientista política
O comediante entra na livraria vestido como Adão – é assim que ele trabalha, dia após dia, no seu programa de humor. Usa apenas uma sunguinha cor da pele, com uma folha plástica de parreira cobrindo a genitália. A autora do livro, moça que gosta de fazer polêmica, faz pose de intellectual, mas fala uns palavrões (de nível aceitável, claro, que ela sabe bem como manejar a mídia), o recebe simpaticamente. De repente, Zaz!, ela enfia a mão por baixo da folha de parreira e lhe aplica um pouco gentil afago nos bagos. Consegue imaginar a cena? Não? E sabe por que não? Porque, no mundo este em que vivemos, determinado pela soberania do macho sobre a fêmea, é inaceitável que uma mulher exponha um homem a esse ridículo. Tão inaceitável que você sequer consegue imaginar que existe uma mulher capaz de dar um apertão no saco alheio em rede nacional de TV. Assim, só pra denunciar a cotidiana e dolorida violência contra o homem, não é?
Cristina Charão, jornalista
Machismo é um sistema de mentiras que enfraquece o senso crítico, fazendo com que você veja o “mal” em um lugar e o “bem” em outro, se tornando um consumidor-perpetrador que não questiona injustiças sociais. Vejo pessoas demonstrando isso no caso do Gerald Thomas. Dizer que não houve machismo na atitude dele não é dar uma opinião de autoria própria. Não se ganha nada em ver agressões misóginas como “normais”, ganha-se apenas um falso e frágil senso de pertencimento à nossa sociedade patriarcal. Por questões de sobrevivência, a maioria das mulheres é obrigada cotidianamente a transformar e quebrar as regras dessa mesma sociedade machista. É impossível conter essa força. Aos poucos, todos estão se dando conta que feminismo é também uma ciência econômica e social. Mesmo dando outros nomes a ele, o feminismo é praticado por todas as mulheres brasileiras.
Elisa Gargiulo, documentarista
O machismo se manifesta de inúmeras – e cada vez mais surpreendentes – maneiras. Mas, uma vez presente, nem o supostamente mais subversivo artista “escapa” de uma de suas formas mais tradicionais: a transformação do corpo da mulher em um objeto a ser utilizado e explorado pelo homem a seu bel prazer. Gerald Thomas pretendeu “responder” a um “jogo de sedução” de Nicole Bahls, mas o fez cometendo uma violência tradicional, no melhor estilo Idade Média, ainda em voga, e nada engraçada. Não ver problemas neste comportamento também não surpreende. O machismo é tão estruturante da identidade brasileira – de homens e mulheres, diga-se de passagem – que há quem veja só piada numa cena dantesca como esta. O humor, neste caso, é um aliado importante da perpetuação do machismo em nossa sociedade. Ele cria uma espécie de redoma de vidro dentro da qual tudo é permitido, inclusive enfiar a mão entre as pernas de uma entrevistadora contra a sua vontade. Não há como ser mais explícito e violento. Manter um sorriso sacana no rosto não muda a agressividade das mãos. E não enxergar isso também é uma manifestação de machismo. Quem não vê onde está o problema, é hora de revisitar seus valores e práticas.
Bia Barbosa, jornalista

 

Seedorf lembra Garrincha!

Aplausos de pé para o gênio holandes!

O fora de pauta  vai para o fenômeno transcendental que aconteceu no último final de semana e que vem desafiando os limites de nossa ciência em sua explicação. A Academia Brasileira de Ciência convocou uma reunião extraodinária para essa semana para discutir o assunto. O CNPq prepara novo edital para aqueles que se lancem a explicar o impossível. O governo americano convocou seu embaixador a Washington para obter mais explicações sobre o assunto. Durante a semana passada, o nome de Garrincha voltou à pauta ao descobrirmos que a FIFA quer proibir a utilização do seu nome no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Nesse último final de semana, ele foi foi visto no modesto e simpático estádio de Moça Bonita. Tostão publicou ontem em seu blog a informação confirmando tratar-se mesmo do ex-camisa 7 da Copa de 58 e 62. José Miguel Wisnick já prepara um novo ensaio sobre devir imperceptível de Garrincha. Será que isso é uma indicação de que ele não aparecerá no ano que vem nos estádios da FIFA?Por Marlon

http://jblog.jb.com.br/botafogo/

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/de-garrincha-a-seedorf

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sobre o caso Feliciano

Até que enfim, uma autoridade em Direitos Humanos se manifesta nesse caso. Não é concebível que algo tão importante que versa sobre a vida humana, fique reduzido a essa disputa Pastor x Ativista, ambos deputados com suas bases, interesses e capital político, gerando uma histeria insana na massa, que só faz mal a todos nós como sociedade.

A guerra do "Bem x Mal" costuma não dar bons resultados. De um lado um pastor estelionatário que prega a intolerância, e do outro um deputado bem intencionado (a meu ver) mas que é usado como justiceiro de uma mídia que diariamente tb prega a intolerância contra um determinado grupo religioso e que tem interesses (sempre) bastante específico. Jean Willis está certo, faz o papel dele em defender as minorias desse louco, mas parece se deixar seduzir pelo aplauso fácil, pregando como antídoto para a intolerânia, a liberdade individual quando deveria falar do direito a dignidade humana, esse sim inalienável. Ele, como deputado do PSOL, sabe do poder que tem nossa mídia conservadora para pegar a bandeira das liberdades individuais (uma conquista da modernidade) e espanar pra bem longe o direito da coletividade.

No pensamento ultraliberal deles, é assim: Nós não precisamos de Estado, não precisamos de tutela, não precisamos que nos digam nada, pois temos o direito a fazer o que quiser com as nossas vidas, repetem assim, com suas palavras, o velho mantra da Dama de Ferro, "Não existe sociedade, só existe indivíduos" Esse conceito de libedade individual, infelizmente por aqui foi sequestrado por uma minoria, uma elite mesquinha que rói o osso do pais há 500 anos. Muitos desses senhores tem horror aos homosexuais, mas como bom hipócritas devem estar adorando o discurso do deputado e se bobear até dando tapinha nas costas.

Faz muito bem a Ministra em tirar o contencioso dessa arena. Estamos falando aqui, em última análise do direito a vida, a integridade do ser humano, esse sim um valor inalienável, muito mais do que escolhas individuais feitas dentro da perpetuação de um modelo burguês como casamento civil.

Incitar a violência e o ódio é uma atitude ilegal, incosntitucional como lembra a Ministra, mas nunca é demais lembrar do velho Nietzshe: "Para combater a monstruosidade não precisamos nos transformar em monstros"

Para o pastor doente e todo lugar onde a vida humana é desprezada de foma violenta: A Constituição Federal.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/04/08/declaracoes-de-feliciano-incitam-o-odio-e-a-intolerancia-diz-ministra/

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Globo x povo do Horto

Campanha da Globo

Na quinta-feira, dia 28 de março, o jornal O Globo fez uma matéria em que relacionava a explosão de uma bomba na escola do Jardim Botânico com a comunidade do Horto. A matéria citava que um artefato explosivo foi colocado em uma caixa perto da escola, e que a vice-diretora, Neuza Tamaio, afirmou, em entrevista, que seria um aviso sobre a reintegração de posse.

Entretanto, em vídeo gravado pela Luta Pela Moradia, Neuza desmentiu o jornal. “Pra mim pareceu uma coisa costurada, algum mal entendido. Eu não sei de onde que saiu essa frase”, disse.

História

A ocupação da área do Horto Florestal, hoje pertencente à União Federal, data do ano de 1808, quando D. João VI desapropriou o Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa para a construção de uma fábrica de pólvora. Em 1811, foram erguidas vilas para a instalação dos trabalhadores da fábrica, em virtude de o local ser considerado de difícil acesso.

Com a transferência da fábrica para Raiz da Serra, aos pés da serra de Petrópolis, a área foi desmembrada e alienada, sendo muitas casas de antigos funcionários cedidas, já no século XX, a funcionários do Jardim Botânico.

A partir daí, gerações de famílias e descendentes de funcionários da antiga fábrica de pólvora e do Jardim Botânico construíram uma comunidade nos arredores do parque, com autorização (formal e informal) das diversas administrações do Jardim Botânico.


Fonte: Brasil de Fato.
 

RJ: Estado ataca população (pobre, é claro) do Horto.

Quando o direito a propriedade vale mais do que o direito a vida!

http://www.brasildefato.com.br/node/12529

Falta de educação do carioca pode ter sido causa do acidente na Av. Brasil