terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dilma faz discurso a altura na ONU

O esforço de comentaristas conservadores para minimizar a espionagem da NSA sobre o governo brasileiro e, em particular, contra Dilma Rousseff apenas demonstra o grau de submissão a Washington já aceito por tantas pessoas de gravatão, nariz empinado e espaço generoso nos meios de comunicação. Eles já começam a reclamar que Dilma fez um discurso duro demais na ONU.
Num esforço para ir à essência do debate, acho possível discutir a relação entre Senhor e Escravo descrita por Hegel, o criador do idealismo alemão.
 
Para Hegel, Senhor e Escravo são personagens de uma dependência mútua. Ao Senhor só era possível exercitar sua dominação porque o Escravo havia interiorizado sua posição como um cidadão dominado – e nem sequer era capaz de pensar o mundo de outra maneira.
 
Dilma fez um discurso à altura da espionagem americana. Empregou palavras duras para uma agressão inaceitável. Denunciou um ataque aos direitos humanos e às liberdades civis. E bateu no ponto certo ao falar da soberania nacional. Questionando na raiz o argumento dos EUA para atos de espionagem, lembrou que o governo brasileiro repudia o terrorismo e não hospeda organizações terroristas.
 
Considerando o tamanho da ofensa recebida, seu pronunciamento foi um desses gestos que deveriam receber apoio unânime.
 
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