domingo, 4 de julho de 2010

Dunga e Jorginho: só o tempo mostrará..

O próximo técnico da seleção brasileira terá pela frente uma tarefa dificílima: Manter o excelente padrão que Dunga e Jorginho deram ao time durante os 4 anos que estiveram a serviço da seleção brasileira. Nesse período a seleção, que lhes fora entregue esfacelada pelo fracasso de 2006 e sem os principais craques, conseguiu reunir os atributos daquilo que se espera de um verdadeiro e vitorioso time de futebol: Tornou-se super competitiva, com regularidade, equilibrada – tomando poucos gols e fazendo muitos . Conseguiu ainda bater adversários históricos como Portugal, Inglaterra e Itália, fazer do nosso maior rival, a Argentina, um freguês de carteira com duas goleadas, ganhar as competições e, de quebra, conseguir a melhor preparação em uma eliminatória com a classificação garantida com duas rodadas de antecedência.

Isso, meus amigos, podem ter certeza que não é fácil. A coisa mais difícil no futebol é dar padrão e consistência a um time por um bom período, e talvez a coisa quase impossível no futebol é conseguir esse feito sem ter a disposição a fartura de craques que outros treinadores já tiveram. Nesse ponto Dunga merece todo o reconhecimento. Que trabalho!

Para fazer uma comparação nada melhor que lembrar das últimas copas, de pelos menos 30 anos pra cá:

Copa de 82: Um período de vacas gordas, tínhamos craques caindo da árvore no futebol brasileiro, a equipe jogava no talento deles, mas o treinador, desde a preparação, desde o último treino na Toca da Raposa, quando os reservas chegaram a golear por 8 a 2 (!) jamais conseguiu corrigir os erros de cobertura da defesa, o que deixava o Brasil sempre exposto lá atrás...Já na primeira partida contra a URSS, a vulnerabilidade era evidente, mas o talento de Éder, Sócrates e cia, e a boa ajuda do juiz nos fez virar aquele marcador. Resistimos na copa até onde deu no talento de nossos craques, mas sucumbimos em erros pré- anunciados que “gritavam e não eram ouvidos.”

Copa de 86: Ainda uma época de ouro, tivemos troca de técnico, corte por indisciplina do atacante titular que estava no auge e a consequente saída de Leandro. A questão da não escalação de Falcão, onde foi alegada contusão e que depois foi revelada pelo próprio jogador como uma farsa - já que estava de saída para o Nápoli a convite de Maradona e perdera a inscrição em função do fim do prazo para inscrição de estrangeiros. Perdemos nos pênaltis (2 vezes na mesma partida!) sendo a última de forma displicente. Tudo fruto de uma preparação confusa.

Copa de 90: Essa eu prefiro resumir. Era craque pra tudo quanto é lado e um treinador inseguro que chegou ao cúmulo de reunir o grupo antes da última partida e pedir conselhos para alterar ou não o sistema de jogo. Esse fato, revelado por Taffarel quase 20 anos depois e confirmado por outros jogadores, é o cúmulo do anti profissionalismo.

Copa de 94: O trauma de 90 fez com que a CBF buscasse alguém que tivesse identificação com a seleção. A escolha recaiu sobre Falcão, resultado: Convocações polêmicas e 18 meses de um trabalho inconstante e inexpressivo. Foi tirado para entrada da dupla Parreira-Zagallo, que conseguiu montar um time com muita dificuldade, perdendo Copa América e tendo seríssimos problemas para classificá-lo. Perdemos para Bolívia de 2 a 1 estávamos quase ameaçados de, pela primeira vez, ficar fora da Copa do Mundo, quando finalmente Romário imposto na marra pelas circunstâncias, faz seus dois gols no Maracanã e salva a pele de Parreira, que já estava por um triz..A partir daí a equipe entrava nas partidas de mãos dadas, se uniu em torno de lideranças como Ricardo Rocha, Dunga, Taffarel e Jorginho, e se fechou num projeto até a busca suada daquele título.

Copa de 98: Uma péssima preparação. Dessa vez Zagallo era o treinador e convocou mais de 800 jogadores, não tinha time. Na ultima partida no Maracanã os jogadores foram vaiados pelo péssimo futebol apresentado. Quem não se lembra de “Raí pede pra sair e Cafu vai tomar...”. A desorganização era tamanha que no primeiro jogo da Copa o treinador troca metade do meio campo. Sai Raí e Leonardo e entra Rivaldo e Geovanni. E no segundo jogo? Muda tudo, sai Giovanni e entra Leonardo que fez uma copa muito discreta..No talento absurdo de Rivaldo e no auge do fenômeno fomos chegando até desmoronarmos pra França, num episódio até hoje mal explicado mas que não justifica a desorientação evidente do técnico demonstrada durante quatro anos

Copa de 2002: Talvez a pior preparação da história da seleção brasileira. Entra Leão e só faz bobagem, depois vem Luxemburgo e consegue piorar. Com Felipão fizemos uma péssima eliminatória, perdemos pro Paraguai, pro Equador, fomos goleados pelo Chile.. Na copa das Confederações não ganhamos uma e ainda perdemos para a Austrália (!) A Copa América, então, foi um desastre, goleados pela Bolívia e sofrendo a mais vexatória derrota do Brasil quando perdemos de 2x0 para seleção de Honduras. Eu nunca vi uma seleção brasileira tão bagunçada e sem padrão de jogo. Na Copa do Mundo, mais uma vez no talento absurdo de craques como Rivaldo e Ronaldo, numa conjuntura favorável, com grandes times caindo, com arbitragens generosas, e uma boa dose de sorte, chegamos lá e fomos campeões. Apesar da péssima preparação o treinador teve méritos, sem dúvida, mas os fatos mostram (não sou eu que estou dizendo) que seu trabalho foi inconsistente e teve que contar com outros fatores para conseguir o êxito.

Copa de 2006: Talvez a segunda pior preparação da história da seleção brasileira. O Brasil também não vinha bem nas eliminatórias. Ganha a Copa América num erro de arbitragem e na bomba de Adriano, depois estréia perdendo do México na Copa das Confederações, e empata com Japão (que ainda tem um gol mal anulado) quando, de repente, surge novamente um salvador para Parreira: Perdendo para Alemanha, Adriano (o Romário de 2006), solta duas bombaças e muda o placar. Na final, o Brasil ganha da Argentina na melhor partida da seleção desde a Escócia na Copa de 82. Criou-se ali a ilusão do “quadrado mágico”, que depois iria ainda empatar com a Bolívia e novamente empatar com o time do Sevilla. Resultado: A bagunça generalizada, jogadores obesos, fanfarrões, um time com erros que não eram corrigidos, treinador dormindo LITERALMENTE no banco na hora do jogo, e saímos de forma melancólica.

Esse histórico é apenas para mostrar que o trabalho realizado por Dunga e Jorginho foi da maior competência e que fez a seleção chegar muito bem preparada, como nunca antes, numa copa do mundo. Perdemos o jogo em falhas individuais e não coletivas. Não houve o “queijo suíço” de 82, não houve a displicência de 86 e muito menos a falta de comando de 90 e nem o descaso de 2006. Foram erros individuais de jogadores (Julio César e Juan) que não erraram nunca nesses 4 anos. São humanos, acontece. Fora isso, o time era bom mas não era imbatível e perdeu numa partida de futebol normal e para a Holanda que também era um grande time; bem diferente por exemplo da Argentina que foi esfacelada de 4 pela Alemanha e poderia ter sido de mais...

O título não veio? Ok, mas é bom não esquecermos que em duas ocasiões com a seleção dirigida por aquele que a imprensa considera “mestre”, e que tinha em suas mãos um manancial de craques, ele também não veio.

Outros técnicos ganharam e ele não? Novamente ok, mas não podemos nos esquecer jamais que Copa do Mundo é talvez o local mais propício para as vicissitudes e muitas vezes até o imponderável, que futebol é o esporte onde a justiça e a lógica não andam de mãos dadas. O histórico acima está aí pra provar isso.

A mídia leiga, movida pelo rancor, quer nos fazer crer que Dunga não tinha qualquer valor; agora, como era de se esperar, está execrando ele de todas as formas, se vingando do jeito que pode - até estampar a cabeça dele numa lata de lixo, fizeram, como nunca fizeram com nenhum outro treinador.

Tudo bem, sabíamos que seria assim. Só que agora, meus amigos, não tem jeito, eles criaram uma situação tão absurda de execração humana e super exigência que fará com que o próximo técnico da seleção seja obrigado a manter o bom trabalho de Dunga e Jorginho, o que não será nada fácil.

Pra terminar, é preciso registrar que Dunga e Jorginho, mesmo não tendo ganho essa copa do mundo, são ídolos, tetracampeões, exemplos de caráter, de trabalho sério, bem feito e, acima de tudo, sabem muito de futebol. E assim como hoje cada vez mais e mais pessoas reconhecem o valor da seleção de 94, num futuro breve, inexoravelmente, irão também reconhecer, mesmo com uma ou outra crítica procedente, o bom trabalho feito por essa dupla. O tempo mostrará.

10 comentários:

  1. ps: Afinal, estamos no Brasil, um lugar muito curioso onde a mídia mitifica ou demoniza seres humanos e situações escrevendo a história oficial que lhe é conveniente, as pessoas assimilam e propagam sem o menor lampejo de questionamento, e resta sempre ao tempo, que se encarrega de jogar a luz no passado empoeirado e trazer outro lado da versão. Tem jeito, não...

    ResponderExcluir
  2. Evaristo A. Batistelasegunda-feira, julho 05, 2010

    Dil.

    Infelismente o trabalho de Dunga a frente de nossa seleção ficou muito aquém do esperado e desejado. Não quero polemizar, porém, uma equipe que não possui reservas ao nível dos titulares, já demonstra que o técnico falhou já no princípio, na convocação. Deixou inúmeros jogadores no explendor da forma física e técnica, por ser teimoso e não dar o braço a torcer. O técnico de qualquer selecção não pode fechar com o grupo de convocados muito antes do início da competição. O Dunga cometeu este grave pecado. Só para citar, alguns que aqui ficaram eram unanimidade nacional. "Ganso, Neymar e Ronaldinho Gaúcho, outros nem tanto, mas, com certeza estavam preparados para nos representar, caso de: Hernanes, Diego Tardelli, Roberto Carlos, Alex (ex-palmeiras) e por aí vai.
    Todavia, o glorioso Dunga, colocou Kaká com apenas 85% de suas condições físicas, afirmação do médico da seleção. Júlio Cesar se contundiu e foi obrigado a jogar com colete para proteger suas costelas, sabe porque? Por que Dunga não confiava nos outros dois goleiros reservas (Doni e Gomes). Vou ficando por aqui, contudo, quero ressaltar que, em minha modesta opinião, Dunga e Jorginho não são os únicos culpados pelo fraco futebol apresentado nesta copa. Ricardo Teixeira, eterno presidente da CBF, os clubes que o apoiam, reelegendo-o eleição após eleição, como sempre fizeram com o sogro do mesmo, João Havelange, e, para finalizar, parte da mídia brasileira, principalmente, o conglomerado globo de comunicação.

    Sem querer magoá-lo Dil, esta é a visão de aémas um torcedor ferrenho da seleção brasileira. Até 2014, sem Dunga, e quiçá, sem R. Teixeira.

    ResponderExcluir
  3. Caro Evaristo, claro que respeito sua opinião, porém me permita discordar. Acho que Dunga formou um bom grupo, com o que tinha na mão. Dos jogadores que vc cita, alguns tiveram chances e não renderam, outros não tinham a característica necessária para atuar num conjunto veloz e que atacava em bloco (como era o caso de Alex) outros não emplacaram nunca, como Ronaldinho Gaucho, que foi tentado de tudo mas não rendia, não jogava, e outros estouraram com a convocação em cima que é o caso de Ganso (que eu tb gostaria que tivesse ido mas entendi a decisão do técnico).

    Também discordo que o time apresentou um futebol fraco. desculpa,mas nesse ponto discordo veementemente.

    Vi o Brasil atacar de todo jeito a Coréia do Sul, e penetrar tabelando duas vezes naquela muralha, coisa dificil e que outros times da copa não tiveram competência, como a Espanha.

    Com a Costa do Marfim impusemos nosso futebol num jogo tb dificil muito violento que nos tirou o Elano, que era na minha opinião o jogador mais completo desse time.

    Contra Portugal foi uma dureza tb, empatamos,mas foi com uma grande seleção que jogou demais nesse jogo..E mesmo classificados em primeiro, partimos pra cima com Ramires no final e quase marcamos, pois o ímpeto dessa equipe era, atacar, atacar e atacar sempre..Vide o bom saldo de gols que acumulamos nesses 4 anos –não podemos nos esquecer que a s goleadas em seleções grandes contriburam para isso.

    Contra o Chile goleamos mostrando nossa superioridade como deveria ser.

    No jogo contra a Holanda, que ninguém discorda que trata-se de uma final antecipada, começamos pra cima COMO SEMPRE, agredindo o adversário, estavamos melhor e fechamos o primeiro tempo em 1 a 0. No segundo tempo, na falha de Julio Cesar que não estava bem e no escanteio cedido por Juan eles fizeram seus gols...Note que eles não penetraram tocando na nossa defesa, os gols aconteceram em falhas individuais. Mesmo se tratando de duas grandes seleçoes o Brasil era melhor, mas perdeu na falha humana, coisa do futebol e da vida, não perdeu num erro coletivo ou de mal posicionamento, ou por se retrancar, nada disso.

    Desculpa, esses são os fatos e a leitura que faço em cima deles. Há muito tempo que não vejo uma seleção brasileira tão ofensiva e vocacionada para o ataque. Mesmo sem ter craques que, registre-se, é um problema da safra e do craque de tranças que faliu e não do Dunga - essa seleção partia pra cima por todos os lados e era muito bem postada atrás, dava gosto de ver.

    Só espero que não tenhamos que ver novamente retranqueiros como Felipão que chegou uma vez a escalar a seleção na preparatória com 3 zagueiros e 3 volantes com Rivaldo e Ronaldo na frente..E a mídia caia em cima do Rivaldo que não rendia na seleção...Meu Deus, com mais da metade do time voltado pra defesa queriam o que?

    É bom que todos nós nos acostumemos com o fato de que o tempo dos grandes craques fora de série que ganhavam Copas como Romário, acabou com Rivaldo/ Ronaldo. O futebol brasileiro foi minguando nessa produção e hoje não temos mais os "salvadores de técnicos" . Vide Kaká que é excelente mas sozinho não faz verão, sabemos disso.

    Temos que apostar nessa nova geração de Ganso e Neymar para vingarem no futebol e chegarem a altura dos monstros que vestiram a amarelinha e decidiram na hora H, pois caso contrário, os técnicos vão ter que FINALMENTE mostrar seus conhecimentos DE PROFESSORES DE FUTEBOL a fim de formar um grupo coeso, competitivo e vencedor.

    Acabou a fartura de outrora, o craque de responsa que tudo garantia quando a jeripoca piava chegou a hora do técnico de futebol da seleção brasileira mostrar serviço. Vamos torcer e aguardar.

    grande abraço!

    ResponderExcluir
  4. Dunga é o culpado de tudo e pronto!
    Ricardão Teixeira, novamente, já amestrou a mídia que estava revoltada pq Dunda não deixava ela "fazer seus negocinhos" na concentração. Não deixava o pessoal do Casseta&Planeta fazer suas graças na concentração.
    Dunda estragou tudo...
    Mas Teixeirão conhece o que essa gente quer. Sabe dar o que essa gente quer.
    Por este motivo, Teixeirão está, novamente,
    "bem-amigos" com eles.
    E estando "bem-amigo" com eles, sem problemas!

    ResponderExcluir
  5. Com certeza Alex, Texeirão sabe tudo de Globo..

    Estando bem-amigos, sem problemas, o Brasil pode voltar a colecionar derrotas horríveis que a "ordem" da vez é paciência..

    ResponderExcluir
  6. Mas, Dil.. essa WEB é porreta né?
    Conseguiu revelar, pelo menos um pouco, como funciona o "esquemão global".
    Agora, não é mais segredo como funciona as "carteiradas" da tropa global na concentração.
    O técnico que vier a gente já sabe que: ou deixa ou dança.

    Se não fosse a Rede, o segredinho estaria guardado e a gente continuaria aqui a perguntar: como a turma do Casseta&Planeta tem acesso à concentração para fazer seus programas?

    bem amigos ...

    abs

    ResponderExcluir
  7. Com certeza, Alex,
    antes eles manipulavam a vontade, agora tem que ser mais criativos pois existem canais para manifestarmos nossa indignação.

    Veja o caso do Sportv agora contra o Paraguai. Quando que a Globo pediria desculpas por aquela grosseria preconceituosa se não fosse a repercussão enorme do lado de cá da rede...

    É a contra-hegemonia de Gramnsci em estado puro!
    E isso é só o começo, as novas gerações já não são mais facilmente manipuláveis como foram a nossa e a de nossos pais...

    Sujeitos pensantes + comunicação alternativa = o fim progressivo do poder deles.

    ResponderExcluir
  8. é isso aí, abs
    e obrig pelo bate papo
    alex

    ResponderExcluir
  9. Caro Dil, vou ter de discordar veementemente das tuas opiniões.
    Primeiro que criticar o time de 82, até hoje reverenciado pela imprensa mundial. Não levou o caneco por um azar, mas convenceu todo mundo como é que se joga bola.
    Segundo, que o Dunga armou um time à sua feição, ou seja: disposto, marcador, guerreiro, mas opaco e nada criativo. Nossa dificuldade sempre foi marcar gols quando obrigados. Assim foi contra a Venezuela, contra a Bolívia... A exceção, que confirma a regra, foi contra os EUA. Mas, para qualquer um que goste um mínimo de futebol, o time do Dunga sempre foi sofrível. E a desculpa da falta de safra é fraca por dois motivos: 1 - temos jogadores suficientes para fazer um grande time, mas faltou técnico para utilizá-los, já que Dunga ficou com a panelinha; e 2 - Telê, criticado por você, fazia time jogar bem com jogadores medianos.
    Quanto à briga com a Globo, nem vou comentar, pois acho que foi um dos poucos acertos do Dunga, embora ele tenha reagido mal à situação. Turrão é assim.

    ResponderExcluir
  10. Caro Romulo a seleção de 82 não levou o caneco porque era um time que, apesar de jogar bem, tinha vulnerabilidades, só que elas só ficaram visíveis no fatídico jogo contra a Itália, que jogou melhor, anda fez mais um gol (erradamente anulado) e mereceu a classificação

    Dizer que o Dunga armou um time opaco e fechado não acho correto. O time, quando ficou pronto, quando ele conseguiu finalmente dar o padrão, era muito ofensivo e só jogava pra frente e sempre com velocidade, marcando gols alguns bonitos de se ver...

    As difculdades iniciais que vc fala existiram é verdade, mas foi assim (na verdade pior) com todos os técnicos. Não podemos nos esquecer que os jogos que vc cita ainda tinham a presença do Ronaldinho Gaúcho, uma nulidade que amarrava(engessava pelo lado esquerdo) o jogo da seleção, depois da Bolívia, quando finalmemente ele foi sacado do time, o Brasil começou a deslanchar , encontrando sua forma de jogar..

    Quanto a questão da safra, se você pudesse citar quais são esses jogadores craques indispensáveis que ficaram de fora, que o torcedor poderia apostar suas fichas que resolveriam a parada no lugar dos que lá estavam - como Ademir da Guia em 74, Falcão em 78, Dinamite em 82, Falcão de novo em 86, Mauro Galvão em 94 e 98, Juninho Pernambucano e Romário em 2002 e Rivaldo em 2006. Se você pude dizer quais foram a s absurdas injustiças que foram cometidas, poderia até tentar endender melhor o que vc fala.

    Quanto ao Telê, eu acredito que vc esteja falando de clube, porque na seleção ele foi muito agraciado, só contou com craques..E se estiver falando de clube, então teremos que enaltecer também, Luxemburgo, Muricy Ramalho, e outros que conquistaram títiulos com times mesclados, não é mesmo?

    Por fim, falar sobre a reação de Dunga acho um pouco complicado. Acho que nenhum de nós pode julgar a reação dele na questão da Globo, simplesmente porque estaremos falando do conforto da nossa poltrona enquanto ele, quando interpelou o reproter, estava vindo de um jogo tenso de copa do mundo, sem sequer molhar a cabeça, numa reunião estressante nas internas, tendo que ouvir um camarada falando seu nome de forma mal educada no celular (proibido) e ainda por cima sabendo de toda a situação que causara a revolta no reporter. Algum problema? Apenas perguntou.

    Bom, é isso..desculpa mas essa é minha visão dos fatos

    um grande abraço!

    ResponderExcluir