sábado, 3 de julho de 2010

O povo do paraguai tem dignidade, a Globo é o câncer da sociedade brasileira

O Jornal La Nacion do Paraguai criticou duramente a TV Globo que, numa reportagem especial, denegriu a imagem do nosso vizinho questionando a presença do país na copa e ironizando a cultura e os costumes do seu povo.

Isso é intolerável. A Globo é uma concessão pública, desempenha o papel de órgão de imprensa e não pode ficar arrumando problemas com os nossos vizinhos em nome do Brasil. A doença dessa gente preconceituosa não tem limites. Como muito bem ressaltou Nassif, o jornalismo da Globo perdeu a noção da responsabilidade perante a opinião pública de outros países. Tornou-se um jornalismo provinciano, ecoando, em nível do continente, o grosso preconceito que serviu de arma para as disputas políticas internas no Brasil.

A Globo quer formar um senso comum, eles acham que todos os brasileiros são preconceituosos como eles e seus pares (boa parte da nossa elite) que vêem graça no escárnio da cultura de países mais pobres. O jornalista Fernando Calazans chegou ao cúmulo de dizer que a França não era "um paisinho qualquer não.."Eu pergunto: Qual seria o tal "paisinho"? Por que não são explícitos? Quem é o paisinho em questão? É o Paraguai? É este o país menor, pior, de povo ridículo e cultura desprezível? Por que não falam de uma vez, ao invés de fazerem ironia humilhando a cultura de um povo?

Desculpem o desabafo, mas expresso aqui meu repúdio a esses mauricinhos do Sportv e o seu guru-redator-chefe, homem forte do Esportes de O Globo, fundador do Extra, a figura mais nociva da crônica esportiva, o homem com alma de golpista e espírito de porco, Renato Maurício Prado. O jornalismo que exercem é repugnante, não há outro termo.

segue uma parte da resposta do jornal La Nación a reportagem ofensiva e preconceituosa do canal Sportv.

"...Por si no fuera suficiente, en la última parte del video ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres, señalando en esta parte que la comida es una "maravilla" mientras pasaban imágenes de un hombre con rasgos paraguayos comiendo frituras. Además, ironizan sobre nuestros caminos “Si no le gusta el océano, Paraguay es el lugar ideal para tomarse unas vacaciones”, se escucha en una parte del relato[...]Esperamos que así como Dunga ya renunció, estos comunicadores al menos tengan algún rayo de dignidad y terminen por callarse.

ps: Sinto vergonha de viver num país de pessoas que produzem algo dessa natureza.


4 comentários:

  1. Não atoa E AGORA? esta na Portal B1.

    ResponderExcluir
  2. Estou com você.Infelizmente.

    ResponderExcluir
  3. por Luis Carlos Azenha


    Em comum, todos tem um sorriso permanente estampado no rosto. Sorriso plastificado. Nem disfarçam mais, fazendo “cara de conteúdo”. Difícil discernir entre os locutores que fazem televendas, os humoristas do CQC e os telejornalistas encarregados das coberturas esportivas. Eles estão permanentemente de bom humor e tratam o telespectador como um imbecilóide, como a criança que recém migrou do show da Xuxa para a adolescência das coberturas esportivas e que, se tudo der certo, em breve se tornará bovinamente “consumidor de notícias” do Jornal Nacional.
    O mais curioso é que os mentores dessa imbecilização generalizada se alimentam de preconceitos antigos para suas “sacadas” modernosas. Nascem daí momentos imperdíveis de nosso telejornalismo, como o que o SporTV produziu sobre o Paraguai, a título de fazer uma graça. Houve, sim, um tímido pedido de desculpas (mas eles continuam pensando a mesma coisa sobre o Paraguai, só lamentam não poder dizer isso em voz alta). É produto genuinamente brasileiro, como a jabuticaba: um tele-entretenimento jornalístico que ganha dinheiro reproduzindo a própria ignorância.

    ResponderExcluir
  4. Nossas desculpas ao país irmão pela nossa grosseira e leviana imprensa.
    Mas não pensem que seja um ato inadvertido. Há dolo, vontade, desejo em denegrir.
    Triste rumo toma nossa sociedade!

    ResponderExcluir