No cômputo geral foi um bom começo. Enfrentar adversários que jogam na retranca é o que há de mais difícil para essa seleção, que tem no contra ataque veloz e por todos os lados do campo sua maior característica e grande diferencial entre os outros times. O Brasil ao longo desses 4 anos mostrou que precisa ser atacado, pois garantindo-se na boa defesa, quando sai com a bola de seu campo chega lá na frente com 6, 7 e até 8 jogadores e sempre faz muitos gols..
O Brasil fez seu papel: Foi pra cima dos coreanos do início ao fim no melhor estilo “água mole em pedra dura”, faturou a vitória, jogou mantendo o padrão que o treinador deu, os gols saíram de boas tramas e isso é o que importa. É sempre muito bom começar ganhando.
O melhor em campo foi Elano, com os passes precisos de sempre e ainda coroado com um gol; mas o time inteiro foi bem, com destaque para os dois incansáveis laterais e a ótima movimentação de Robinho. Gostei também da aproximação do Felipe Mello, sempre dando opção aos laterais e arriscando chute a gol.
O maior sacrificado nesse tipo de jogo é sem dúvida Luis Fabiano. O giro da bola pra lá e pra cá é uma tortura para um centroavante com suas características. Nesse ponto acho que Dunga deveria ter optado por Nilmar que abre mais e se apresenta bem pra chutar.
A surpresa positiva: O excelente passe de Robinho numa diagonal longa pra achar o Elano lá na frente.
A surpresa negativa: O atraso na cobertura do Lucio ao bote do Gilberto Silva na hora do gol deles. Lucio sempre está em cima da jogada, mordendo o adversário sem trégua; prefiro creditar esse gol a um relaxamento de final de jogo, mesmo assim não é bom, principalmente numa copa do mundo onde mais do que nunca deve se ter atenção máxima.
No geral valeu, foi uma boa estréia: ganhamos, tivemos volume de jogo e, até agora, das seleções que vi, foi o a nossa a que menos sentiu os efeitos da bola nova. O Brasil trocou muitos passes e errou pouquíssimos.
A mídia tem e terá uma outra leitura do jogo, claro. Como fazem oposição escancarada ao Dunga e torcem (muitos) contra o Brasil, o que mais se viu (e se verá) nos jornais e nos programas esportivos é a pregação autoritária da obrigatoriedade do Brasil de golear.
Falcão, que infelizmente virou uma pessoa rancorosa, repete isso como um mantra, esquecendo-se que nos 18 meses em que foi técnico da seleção brasileira seu time não goleava ninguém, até que foi deposto em 91 pra entrada do grupo que viria a ser campeão do mundo em 94, com Dunga capitão.
Valeu Brasil, pra cima da Costa do Marfim, que a pedreira vai ser grande no domingo. E vamos faturar mais uma!
terça-feira, 15 de junho de 2010
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Exato, incrível a perede que a coreia tentou formar.
ResponderExcluirO jogo foi praticamente ataque contra defesa.
Muito difícil jogar com um time assim.
Renato
Abçs
Achei interessante no seu post é que o Kaká não mereceu nem comentário negativo. Ele estava tão ausente no jogo que é como se não tivesse jogado.
ResponderExcluirDesculpa, amigo, mas não concordo. O Kaká, de fato, não foi destaque, mas não esteve ausente, não se omitiu. Errou passes, contei uns quatro pelo menos, coisa rara. Mas vejamos pelo lado positivo, correu bem e não sentiu. Vamos torcer pra que arrebente domigo.
ResponderExcluirRenato,
ResponderExcluirE o que eu te falei sobre o Falcão? O primeiro comentário dele, qual foi? O da relca pura.
Passa cinquentinha pra cá...rsrs
Concordo com a análise, especialmente com a análise sobre Falcão e a imprensa. Não gostei da atuação morosa no primeiro tempo, mas fiquei satisfeito com a melhora no segundo tempo - especialmente quanto a Kaká, horrível no primeiro tempo - e com o resultado final, que não pelo menos não terminou no 0x0 como muitas partidas contra equipes ultra-retrancadas nas Eliminatórias. Contra times mais ousados, esse time paradoxal tende a melhorar seu nível de atuação.
ResponderExcluirFala Diego,
ResponderExcluirO Falcão foi um craque de ouro nos gramados, mas lamentavelmente, virou um ressentido incontível e torce contra o Brasil. Isso é nítido.
Ainda sobre ontem, não gostei das alterações do Dunga. Aquele gol da Coréia não podia aocntecer e não aconteceria se o time se mantivesse com a mesma estrutura incial, com Felipe Melo que vinha bem e principalmente Elano, que fechava aquele lado.
Acho ainda que Nilmar deveria ter entrado na vaga de L.Fabiano.
abraços!