sexta-feira, 9 de abril de 2010

Remoção lacerdista, não. Respeitem o cidadão carioca!

Aceitar a pressão das organizações Globo e jogar pessoas que moram próximas aos seus parentes e trabalho em locais distantes como Sepetiba é uma vergonha. A mídia, agora, culpar os moradores das favelas pela ocupação desordenada do solo é uma sacanagem sem fim, uma crueldade sem tamanho, como se essas pessoas, que no fundo são deserdados sociais, estivessem ali por escolha. O editorial do Globo - que hoje já consegue ser mais fascista que o da Folha de São Paulo - fala como se essas pessoas, que perderam parentes e estão vivendo um drama, não existissem. Falam em remoção como se estivessem falando em mover entulho, falam em favelados como se estivessem falando de animais, mas nem animais, eles tratam assim, vide Cora Ronai.

O que é isso? Essas pessoas (de carne e osso) foram ocupando esses lugares, não por escolha mas pra não morar debaixo da pont!! Elas foram varridas dos cortiços por políticas higienizadoras do começo do século XX, enxotadas a base da porrada para parques proletários,por Lacerda, e ignoradas por César Maia, que no primeiro mandato governou pra especulação imobiliária,financiadora de suas campanhas, e no segundo para o próprio bolso e umbigo.

Uma sugestão: porque o prefeito não pega essas áreas exploradas pela especulação, que tem aos montes pela cidade, muitos lugares ali no entorno da Av. Brasil, por exemplo, e constrói moradias dignas para essas pessoas? Eu respondo. Porque ele tb está obviamente comprometido com essa lama toda, não nos esqueçamos do seu tempo de ACM neto da barra da Tijuca.

E por fim, o presidente Lula ao invés de ficar calado, mais uma vez profere uma de suas frases infelizes. Claro, nessa ferida ele não vai tocar o dedo, ainda mais em tempos de eleições onde tem que lutar diariamente contra uma mídia demo-tucana que assassina a ética capitalizando politicamente até mortes em tragédias!

Parece que o chacoalhar das águas das chuvas, trouxe á tona todas as incoerências e contradições acumuladas há mais de século na cidade do Rio de Janeiro.

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