segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sobre o caso Feliciano

Até que enfim, uma autoridade em Direitos Humanos se manifesta nesse caso. Não é concebível que algo tão importante que versa sobre a vida humana, fique reduzido a essa disputa Pastor x Ativista, ambos deputados com suas bases, interesses e capital político, gerando uma histeria insana na massa, que só faz mal a todos nós como sociedade.

A guerra do "Bem x Mal" costuma não dar bons resultados. De um lado um pastor estelionatário que prega a intolerância, e do outro um deputado bem intencionado (a meu ver) mas que é usado como justiceiro de uma mídia que diariamente tb prega a intolerância contra um determinado grupo religioso e que tem interesses (sempre) bastante específico. Jean Willis está certo, faz o papel dele em defender as minorias desse louco, mas parece se deixar seduzir pelo aplauso fácil, pregando como antídoto para a intolerânia, a liberdade individual quando deveria falar do direito a dignidade humana, esse sim inalienável. Ele, como deputado do PSOL, sabe do poder que tem nossa mídia conservadora para pegar a bandeira das liberdades individuais (uma conquista da modernidade) e espanar pra bem longe o direito da coletividade.

No pensamento ultraliberal deles, é assim: Nós não precisamos de Estado, não precisamos de tutela, não precisamos que nos digam nada, pois temos o direito a fazer o que quiser com as nossas vidas, repetem assim, com suas palavras, o velho mantra da Dama de Ferro, "Não existe sociedade, só existe indivíduos" Esse conceito de libedade individual, infelizmente por aqui foi sequestrado por uma minoria, uma elite mesquinha que rói o osso do pais há 500 anos. Muitos desses senhores tem horror aos homosexuais, mas como bom hipócritas devem estar adorando o discurso do deputado e se bobear até dando tapinha nas costas.

Faz muito bem a Ministra em tirar o contencioso dessa arena. Estamos falando aqui, em última análise do direito a vida, a integridade do ser humano, esse sim um valor inalienável, muito mais do que escolhas individuais feitas dentro da perpetuação de um modelo burguês como casamento civil.

Incitar a violência e o ódio é uma atitude ilegal, incosntitucional como lembra a Ministra, mas nunca é demais lembrar do velho Nietzshe: "Para combater a monstruosidade não precisamos nos transformar em monstros"

Para o pastor doente e todo lugar onde a vida humana é desprezada de foma violenta: A Constituição Federal.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/04/08/declaracoes-de-feliciano-incitam-o-odio-e-a-intolerancia-diz-ministra/

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