Não tem nada a ver com o Egito, como muitos tentam pintar. A violência daqui é fascista. Se de esquerda ou direita, não importa: é fascista. E, portanto, injustificável. Existem meios constitucionais de se questionar os atos de um governante. Meios anticonstitucionais não justificam fins constitucionais. Inclusive, existem meios democráticos de pressão nas ruas, como a passeata organizada pelos professores do Município na quarta-feira passada.
O Brasil que emerge das ruas do Rio de Janeiro é um Brasil piorado, violento e intolerante. Essas pessoas querem enfraquecer o governador usando os mesmos métodos da grande mídia sensacionalista, dos teóricos e dos porta vozes dos que apostam na radicalização - colocando a “faca no pescoço”, intimidando com violência, recusando o diálogo e desprezando a Constituição.
Negativo: esse movimento não me representa. Não votei, não gosto e muito menos confio no governador Cabral, mas defendo até o fim o legítimo direito que ele tem de se defender com dignidade.
No dia 7 de setembro, o grupo Anonymous, apoiado por Black Blocs, MN e seus simpatizantes, está convocando um ato nacional carregado nas tintas de violência. Querem levar a população as ruas acirrando o ódio contra “tudo isso que está aí”. Repito: O Brasil não é o Egito. É preciso que a população não se deixe manipular, tenha o mínimo de equilíbrio para não fazer coro a sanha revolucionária de ocasião de gente que só quer desestabilizar ou que acredita que do caos e da violência possa emergir um país melhor para todos.
O Brasil precisa melhorar, o Rio de Janeiro nem se fala, a luta dos profissionais de educação está aí para mostrar isso, mas, se a população, ou pelo menos algumas vozes, não se levantarem e se indignarem também com as práticas de uma minoria violenta que tenta falar pelo todo, estaremos sendo partícipes de uma "solução" que poderá nos levar a um problema ainda muito maior.
“Para combater a monstruosidade, não precisamos nos transformar em monstros”
(Nietzshe)
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