É bonito falar em gestos “simbólicos” que em teoria se
destinam a “denunciar o capitalismo,” como quebrar vidraças de bancos. Mas é
muito mais efetivo, do ponto de vista do povo, reduzir a taxa de juros e
ampliar o crédito popular, por exemplo.”
“Aplicando uma sociologia automática, a maioria de nossos
analistas justifica os protestos a partir de uma analise apocalíptica. Como se
o Brasil fosse a Espanha em desmanche social, ou os Estados Unidos no pior
momento da crise do pós-2008, explicou-se a mobilização, o “monstro”, “a rua”,
como o movimento necessário num país em atraso insuportável, num momento
histórico de tragédia. Só restava ajoelhar e rezar.”
Falando de fatos objetivos: o Índice de Desenvolvimento
Humano avançou 47,5% e saiu do nível “muito baixo” para se acomodar em patamar
considerado “alto”. A desigualdade caiu, a expectativa de vida aumentou. A
qualidade de vida tinha nível muito baixo em 85% das cidades. Esse número é de
0,6% em 2010.
A mudança ocorreu porque o Estado realizou ações em
profundidade para favorecer a distribuição de renda, proteger o salário e os
direitos dos trabalhadores, o financiamento do crescimento, o investimento no
mercado interno. Se for para usar expressões econômicas, se FHC soube
economizar, Lula soube dividir. São missões difíceis e desafiadoras.
Os dados estão
aí para desmentir mais uma vez a farsa midiática e o medo conservador que jogou
pessoas para fora de casa, que agora ganharam de vez contornos fascistas e rondam
as ruas das grandes capitais.
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