segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Solonei Silva dedica ouro a todos os catadores do Brasil

E agora, Boris Casoy? Que vergonha deve estar sentindo por ter ofendido essa categoria em rede nacional (áudio vasado, claro). Engula seu preconceito e aprenda com os grandes vencedores.  
http://www.tijolaco.com/nao-e-lixo-nao-e-ouro-humano/

domingo, 30 de outubro de 2011

Obrigado Loco!

LOCO ABREU é raça, talento, coração, alma e CARÁTER!Grande da altura do Botafogo e de todo verdadeiro botafoguense.
O maior ídolo alvinegro dos últimos, pelo menos, 30 anos!
Obrigado Loco, por tudo.

Uh, El  Loco!!!!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ministra repudia declaração racista de Arnaldo Jabor

A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, repudiou veementemente a declaração de Jabor a qual qualificou como racista e inaceitável!"

clique para ler:

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O ano em que a Reforma Agrária parou

http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/o-ano-em-que-a-reforma-agraria-parou.html#comment-64743

Uruguai a um passo de punir crimes da ditadura

O Senado uruguaio aprovou, com o único apoio do partido governista Frente Ampla (FA), uma lei para que os crimes cometidos durante a ditadura do país (1973-1985) possam ser julgados sem limite temporal.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rock Brasília - Era de ouro

O excelente documentário de Vladimir Carvalho faz enorme justiça ao movimento das bandas de rock nacional surgido em Brasília no finalzinho dos anos 70. Há tempos que essa geração estava merecendo o devido reconhecimento do verdadeiro lugar que ocupa na música brasileira.
Quem for ao cinema terá ainda uma boa oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a formação história, política e cultural da capital federal, através dos depoimentos desses jovens roqueiros filhos da revolução e de professores, diplomatas e intelectuais, primeiros moradores da cidade.

O autor fez um documentário honesto, sem floreios, sem (ou com muito pouca) indução, condução forjada, como tantos que vemos por aí..Frio, seco, duro, cinza - como a Brasília da época – mas com uma pulsação poética em altíssima potência!

Algumas coisas, a meu ver, são ali confirmadas, mesmo que ás vezes nas entrelinhas, nas frestas das expressões e falas dos protagonistas daquele momento fantástico do rock brasileiro.

A primeira é o sujeito hermético e contraditório que foi Renato Russo: Um gênio da criação dos maiores que esse país já teve, mas com um ego destrutivo, uma dificuldade no trato social, dificuldade de se pronunciar mesmo sobre as coisas mais prosaicas. Renato era uma bomba pronta pra explodir, e parecia mesmo que queria era jogar o mundo pelos ares, a todo momento! Eu, particularmente, sempre tive muita angústia ao vê-lo se expressar. Como grande admirador, me causava espanto a forma confusa, sarcástica e provocativa de suas intervenções.

Embora haja um certo tom de mistério (nem sei se é essa a palavra) por trás da fala de Dado Villa Lobos, acho que por ali é um bom canal pra compreender mais sobre o mito de Renato e sua banda, a insuperável Legião Urbana. Quem ver o filme verá que Dado tem muito pra falar. Mas não fala. Acabou "dizendo tudo".

A outra é o subjugo às bandas dos anos 80 exercido pela Rede Globo - exploração que beirava as raias da criminalidade. O Nasi, vocalista do Ira, dia desses relatava um episódio em que abandonaram, ele e a banda, o Cassino do Chacrinha por causa das toquinhas de Papai Noel que tinham que usar. Disse ele mais ou menos assim:

"...As toquinhas não eram nem o mal maior, é uma m. mas a gente vai na onda, mas quando vimos um colega que se distraiu e entrou no palco sem a toca (acho que o Biafra) e o Chacrinha parou, e deu-lhe um esporro de fazer inveja a general, botamos a guitarra no saco, mandamos as tocas praquele lugar e fomos embora..."

No documentário,temos a chance de ver a confirmação disso, no impressionante depoimento de Fê Lemos (Capital Inicial) falando sobre a contrapartida absurda que a Globo cobrava dos artistas pelas participações no programa do Chacrinha. (vale a pena ir ao cinema conferir)

Caramba!,os caras eram roqueiros, jovens e sem grana; submetê-los a papéis ridículos e desnecessários e outros que colocavam em risco suas próprias vidas era, além de tremenda falta de sensibilidade artística, uma enorme irresponsabilidade.

Nesse sentido, torna-se alentadora e, talvez até redentora, a presença de Philippe Seabra na tela. Uma figura central que, quando ouvimos falar, deixando de lado grana, fama, mídia, etc _e compreendendo a essência daquele movimento no cenário conturbado onde surgiu; não deixa dúvidas de que a Plebe Rude merece com toda justiça o título de símbolo máximo do Rock de Brasília.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Caco Barcellos dá lição de jornalismo a mídia dentro da Globo News

"Faço jornalismo e e não militância!"

As palavras do jornalista Caco Barcellos atingiram em cheio e ao vivo o maior centro de produção da mídia conservadora e partidarizada brasileira.

Na aula magna que deu na Escola de Magistratura da Justiça Federal, Caco já havia revelado, de forma pormenorizada, a maneira vergonhosa de operar dos meios de comunicação no Brasil, cujo principal expediente é o que ele chamou de jornalismo declaratório - aquele que se baseia em qualquer tipo de fonte (até bandidos!) para destruir reputações e inimigos ideológicos na busca cega para ocupar o centro do poder.

O vídeo é simplesmente imperdível. Nele, impressiona a desonestidade intelectual da jornalista da Globo News.Isso fica claro quando ela cita, ardilosamente, o exemplo de Palocci, para tentar confrontar o argumento de Caco. Ele, de forma bastante polida, ainda devolve pra ela o óbvio: que aquele era apenas um caso específico, mas que existem dezenas de outros (do jornalismo declaratório) que acontecem diariamente e fica tudo por isso mesmo.

Eu acho que nesse momento, pra essa entrevista sensacional se transformar num dos maiores momentos da TV BRASILEIRA DE TODOS OS TEMPOS, Caco deveria ter emendado a fala dela, apontando a falta de isonomia da mídia empresarial – cujo correto era ir a fundo com o mesmo afinco para investigar os partidos, pessoas, causas etc_ alinhados ideologicamente à ela.

Claro que entendemos as razões para Caco não aproveitar essa “deixa”, mas que a levantada de bola da jornalista, exaltando o trabalho infatigável da turma da FSP, merecia um chute de primeira, indefensável, no ângulo…ah isso merecia.

segue o vídeo ondele rebate a jornalista:

http://www.youtube.com/watch?v=8OdncyENbdM

segue a aula magna de Caco:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/jornalismo-investigativo-e-declaratorio-por-caco-barcelos

Ministério dos Esportes: Uma crítica consistente.

Há uma crítica golpista e uma crítica consistente em relação aos problemas do Ministério dos Esportes.

A golpista transforma um vício político em corrupção, é seletiva, varre para baixo do tapete práticas similares de governos aliados e instrumentaliza a denúncia. A intenção não é melhorar as práticas políticas mas utilizar oportunisticamente os vícios em seu favor. E depois repercutir com ACM Neto. Com isso, embaralha toda a discussão, perde legitimidade, mostra que a intenção não é melhorar o país mas fazer jogadas políticas tão inescrupulosas quanto as denunciadas.

A falta de filtros e de limites permite acusações graves à honra de terceiros, sem provas. Não basta falar em aparelhamento, tem que se impingir no "inimigo" a pecha de ladrão, desonesto, em um desrespeito absoluto a princípios básicos de direitos individuais.

Agora que a crítica golpista perde força, é hora de discutir os vícios da política brasileira, dentro do enfoque correto.

Por Luis Nassif,


segue o link:

Recordar é viver: A resposta de Brizola as organizações Globo

Dezessete anos depois, com vocês, um dos maiores momentos da história recente desse país:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-resposta-de-brizola-na-globo-em-1994

As lições que chegam da Argentina

http://www.viomundo.com.br/politica/francisco-luque-argentina-exemplo-nos-direitos-humanos.html

http://www.blogcidadania.com.br/2011/10/inveja-da-argentina-conheca-o-efeito-tango/

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=791

A esquerda no Uruguai

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18743

A morte de Kadafi e a selvageria ocidental

http://www.maurosantayana.com/2011/10/chega-de-sangue.html

http://www.conversaafiada.com.br/mundo/2011/10/24/lembo-sobre-kadafi-continuamos-uns-selvagens/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cabo Anselmo: O escárnio da mídia conservadora com a memória do Brasil

Por que a mídia ressuscita, agora, o Cabo Anselmo? Por que?

Ontem, no Roda Viva, assisti a um dos piores momentos da TV Brasileira.É impressionante a empáfia desse sujeito, olhar frio, com sua “mansidão demoníaca”, malandramente vai se esquivando de tudo e colocando/impondo suas condições… E o máximo que os entrevistadores conseguiram foram tentar chamá-lo de “você”, na vã tentativa de diminuí-lo, aplicando um pronome de tratamento de forma intencional, só isso.

Quando um ou outro tentava chamá-lo de “cabo Anselmo”, ele rejeitava na hora e pedia: ” Só Anselmo, por favor..” Incacreditável é essa Roda (viva?) que só gira pra direita.

Ontem assistimos a uma afronta a memória e a dignidade de nossas famílias e de nossos amigos E ele ainda dizia na “cara dura” que só aceita participar da Comissão da Verdade se lá estiver tb gente da direita (usou essa palavra). Sequer teve o cuidado de falar em “dois lados” ou algo que o valha´. É um bronco, uma figura assustadora e o mais assustador é que é trazido pela mídia para NADA!

Ou será que há outras razões que desconhecemos…?

Vejam os links:

http://www.viomundo.com.br/politica/urariano-mota-o-cabo-anselmo-a-ditadura-o-roda-viva-e-a-folha.html

http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/comissao-da-verdade-%e2%80%9cdireita-precisou-ressuscitar-cabo-anselmo%e2%80%9d.html

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-entrevista-com-cabo-anselmo

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O preconceito do presidente do São Paulo

“ O Problema do Andres é um Mobral inconcluso, a hora que ele concluir isso com certeza vai dar uma melhorada, por enquanto fica aí falando ..ele precisa é estudar um pouco mais”

Nesse caso específico – frise-se – manifesto todo meu apoio ao presidente do Corinthians. As palavras preconceituosas de Juvenal Juvêncio agrediram não só a Andres Sanchez , mas uma grande parcela da torcida daquela clube, e por extensão toda a sociedade brasileira que está dando um passo importante pra se libertar de velhas amarras que já duram séculos.

Temos que bradar contra isso sempre. Chega desses “senhores de anéis ”, destilando seu preconceito e falando o que querem publicamente; está ficando cada vez mais duro de ouvir isso calado aqui no Brasil.

É impressionante como a Casa-Grande tenta sempre atingir um símbolo, como faz sistematicamente com o presidente Lula, na tentativa (consciente ou não, não importa) de mexer com a estima de uma enorme parcela da população que nele está identificada.

No caso agora a torcida desse clube e outros tantos brasileiros podem se sentir sim atingidos por extensão. Principalmente depois das piadas que vão começar a surgir - como sabemos que acontece no futebol - corroborando para o clima de animosidade e violência. Esse senhor foi de uma irresponsabilidade muito grande.

O jornalista Antero Greco, em seu programa da ESPN, fez uma admoestação com muita propriedade e firmeza; no ato, assim que Juvenal pronunciou sua frase. Greco falou sobre o preconceito de classe, sobre o ar arrogante e a mentalidade de Senhor de Engenho, que infelizmente ainda existe em muita “gente boa” aqui no Brasil. Disse ainda que é esse mesmo tipo de pensamento que povoa a mente de uma certa elite que zomba "daquela gente diferenciada.."

Parabéns a Antero Greco por sua coragem de falar sobre isso. Suas palavras foram muito necessárias, principalmente por terem sido proferidas quase que de imediato. Creio que temos a obrigação de se manifestar contra toda a sorte de preconceito, principalmente contra esse que caçoa da linguagem, da falta de estudo e da cultura do nosso povo - como o feito agora de forma infeliz pelo presidente do São Paulo

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quem bateu em João Vitor?

João Vitor, jogador do Palmeiras, foi agredido com paus, socos e pontapés no rosto por cerca de 15 torcedores na tarde desta terça–feira na capital paulista. O atleta chegou a ir parar no hospital de tanto que apanhou, mesmo quando estava jogado no chão sem poder de reação.

Mais um episódio lamentável de violência que merece ser tratado com todo rigor, conferindo a esses marginais as penas cabíveis na lei. Mas a pergunta que se faz nesse momento é: De onde vem tanta ira, tanta sede de sangue? O que faz pessoas que torcem para um clube se exaltarem a ponto de cometerem até assassinatos?

Sabemos que não é preciso ir muito longe para encontrar a resposta, ela está entre nós, no modelo de vida que escolhemos caminhar enquanto sociedade, na violência inata do ser humano, num esporte que cada vez fica mais mercantilizado, envolto em corrupção, onde o presidente da CBF tira sarro dos cidadãos de bem esnobando (ou c...) de montão, onde o locutor mais famoso do canal mais famoso comemora efusiva e grotescamente uma derrota da Argentina enquanto a “sua” seleção apanha em campo, um esporte onde o que vale cada vez mais é ganhar, ganhar e ganhar a qualquer preço.

Tudo isso sabemos, mas gostaria de trazer a lembrança um fato, que coincidentemente aconteceu na mesma Instituição que agora sofre esse ataque triste e inqualificável. Em janeiro desse ano, o fotógrafo Thiago Vieira, que prestava serviço para o jornal Agora São Paulo, foi agredido com socos e expulso do clube, na marra, por três conselheiros do Palmeiras, inclusive o ex-diretor de futebol Wlademir Pescarmona, por causa (vocês lembram?) de um post no Twitter - cobrindo as eleições no clube chamou os palmeirenses de porcos na rede social. Não ficou só aí, Veira seria ainda demitido (!) do jornal por ter “ ofendido” o clube pelo microblog.

Na ocasião, a imprensa esportiva da Globo, a mesma que bradou pela liberdade de expressão e se voltou contra Dunga na Copa do Mundo, em sua reunião semanal “de bem amigos” não fez um gesto, não proferiu uma fala, nada, nenhum sinal sequer de repúdio a mordaça imposta ao repórter e a violência física e moral sofrida pelo colega, nada.

Muito pelo contrário. Alexandre Garcia, convidado ilustre do programa Arena SporTV daquele dia teve a ousadia (é essa a palavra certa?) de dizer que “ essas pessoas covardemente se escondem atrás do seu twitter por não terem coragem de falar o que pensam”.

Vejamos então: Um jornalista, um trabalhador, talvez pai de família, é agredido por fazer uma brincadeira com um clube associando-o ao animal que é conhecido (inclusive assim declara sua torcida na arquibancada), apanha de mais de um, é xingado , humilhado tratado como um pária , perde seu emprego e seus colegas de profissão, no lugar de defender o direito a livre expressão e repudiar veementemente a violência, fazem o oposto, condenam sua conduta.

Ou seja, as favas com a liberdade de imprensa. E mais do que isso, dane-se a violência, afinal o incauto repórter “vacilou”, quem mandou cantar de galo na casa do porco? “Ali o coro come mermo..”

É esse recado que o silêncio de uma parte da imprensa, e a contradição e complacência de outra parte estava dando para todas as pessoas que acompanham futebol, incluindo jovens, estudantes, torcedores de organizadas etc. Vale tudo inclusive porrada quando mexem com a nossa paixão.

Pois agora está aí, um jovem jogador agredido gratuitamente quando ía comprar camisas no clube onde pratica o seu esporte e ganha o seu pão. Afinal, quem bateu em João Vitor? Foram só mesmo essa meia dúzia de deserdados sociais que, infelizmente, falemos a verdade, já não juntam o “lé” com o “cré” há muito tempo? Acho que vale a reflexão.

O saudoso Januário de Oliveira, nas tardes de domingo da antiga TVE, tinha o hábito de dizer : “ Tá láaaaa o cooorpo estendiiiiido no chão, sempre depois de uma falta mais ríspida em cima do jogador adversário. Felizes os tempos onde o chão era o gramado e ao lado do “corpo” havia uma mão estendida.

E agora, Rafinha Bastos?

Sobre esse caso envolvendo o homorista do CQC, considero-o emblemático no seguinte sentido: Ficou absolutamente claro que aqueles que pretendem fazer o humor dito “polticamente incorreto” aqui no Brasil o direcionam apenas a quem não tem como se defender ou não tem cacife midiático para tal.

Digo sem medo de errar, que não se trata apenas das minorias históricas e de pobres. Como fez o repórter Vesgo do Pânico humilhando um gari no Shopping da Gávea no Rio. Só isso era pra gente de indignar e bradar contra.

Mas aí é que tá X dessa questão, não é só isso, mesmo entre os políticos e celebridades eles sabem com quem podem mexer, só “vão na boa”, se é que me entendem..São calculistas, e isso pra mim faz com que além do desprezo que já sinto por fazerem piadas absurdamente infelizes - como aquela com órfãos - os tenha na condição de covardes e “pseudo- artistas”, pois identifico ali um claro limitador para o pressuposto básico de qualquer manifestação artística: liberdade de criação.

Sem dúvida essas pessoas que se julgam artistas, vivem num engano profundo, vendem uma coisa (o humor do politicamente incorreto, ou negro etc_) mas no fundo o que fazem é bater apenas em cima de cartas marcadas. Claro que a liberdade de criação num canal de televisão será sempre de alguma forma limitada poderá se dizer, mas, ora bolas, então não escolha o caminho do humor “doa a quem doer”, pois sabemos que no fundo não é nada disso que se faz mas sim o humor “doa a quem sempre esteve acostumado com a dor”

A coisa fica muito, mas muito feia, é passar atestado de covarde e corrompido pela grana: Com o Gari pode mas com o Dr. Advogado nem pensar, com o Sarney pode escrachar a vontade mas com o Maluf a gente pega leve e dá as costas pra ele deitar e rolar e ser engraçado tb...Com a Argentina está liberado falar até da bomba atômica explodindo aquele povo, mas com Israel nem pensar, pois não querem problemas com os judeus de Higienópolis...E por aí vai..

Por fim, quanto a piada que detonou isso tudo - sobre o bebê da Wanessa Camargo - apesar da opinião negativa que tenho sobre a figura de Rafinha Bastos que prefiro agora não externar, devo ser justo e dizer que não acredito que ele tenha tentado incentivar o estupro de grávidas, a pedofilia ou coisa do gênero. Acho que temos que ter argumentos um pouco mais sofisticados pois creio que esse discurso não resiste a dez segundos com uma pessoa minimamente crítica.

Pelo tom de sua ironia, pareceu-me mais ter empregado ali também o recurso da hipérbole; quando Marcelo Tas “levanta pra ele” o fato dela estar grávida (tudo devidamente ensaiado, claro) e ele diz: “Pois eu comeria ela e o bebê dela juntos”, fica ali pra mim, bem claro, o tom provocativamente exagerado, até por suas expressões.. Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos como Caetano ao se referir a Leonardo de Caprio ou Raul Seixas que nunca quis transar com Deus em suas “Aventuras na cidade de Thor.”

A comunicação se dá também na expressão gestual, basta observar e perceber o contexto, o que é fundamental numa análise. Ora não é preciso varar a Duvivier as cinco pra entender que Cazuza não tava querendo trepar com a própria mãe, caramba..

Agora, com certeza, é bem diferente da Marta Suplicy (PT-SP) que na campanha eleitoral fez insinuações diretas a sexualidade do seu maior adversário.

Fazendo uma comparação, creio que a chance de acontecer uma agressão homofóbica como a lâmpada que explodiu na cara de um jovem na Av. Paulista é muito maior devido a declaração da senadora do que a de alguém estuprar uma criança por que viu um pretenso artista falando uma bobajada daquelas sem graça ao lado de outros bobões tão sem graça quanto..

Fato é que é difícil saber, muito difícil de julgar ali na hora sua intenção - embora tenha dado aqui minha opinião – por isso, fugindo do sexo dos anjos, meu questionamento na verdade é outro: Será que ele faria a mesma piada, por exemplo, com a Ivete Sangalo? Sabemos que não e esse é o ponto.

Volto a dizer, esse caso é emblemático porque pegaram um rapaz que se vendia como “ o destemido” de calça curta, justamente onde ele achava que jamais seria pego e estaria protegido. Mal sabia ele que por trás daquela “moça brega” filha daquele cantor sertanejo “bom de sacanear”, tinha gente muito poderosa, as mesmas pessoas que ele se borra de medo e sabe que não pode mexer de jeito nenhum. (o que também é péssimo, sem dúvida).

Seria mais ou menos como se aquele gari humilhado pelo rapaz do Pânico na TV no Shopping do Rio fosse na verdade um advogado super poderoso que estivesse ali disfarçado, ou fantasiado e jogasse-lhe um processo, tudo ao vivo com a casa caindo devidamente registrado pra quem quisesse ver.

No meio de toda polêmica, uma coisa é fato depois do episódio RB: Pra quem ainda acreditava, acabou de vez a credibilidade e o “barato” de programas do tipo CQC. Vendem um humor implacável, generalizado e sem fronteiras mas no fundo são covardes, pois só batem pesado em quem não tem chance, limitados, pois só escolhem “os manjados estereótipos de sempre” e hipócritas, pois levantam a bandeira da liberdade de expressão mas são no fundo (como o todo o PIG) inimigos desta, como pudemos perceber na demissão do colega de bancada.