Acho que o diretor encontrou o tom certo para mostrar a história desse polêmico herói alvinegro, talvez o craque mais incompreendido de que se teve notícia.. A genialidade e o espírito vencedor somados a vaidade formam uma química perigosíssima; quando o álcool e as drogas entram na jogada, aí a explosão se dá da forma mais avassaladora que se possa imaginar.Assim aconteceu com o Heleno. O homem que subiu ao mais alto dos céus e desceu ao mais baixo dos infernos em vida! O cara que causava êxtase na torcida alvinegra e enlouquecia a torcida adversária, que "carinhosamente" o homenageava nas tardes do Maracanã, com o apelido de Gilda - papel que eternizou a musa Rita Hayworth, anos 40.
Descrevo abaixo a cena que mais me chamou a atenção:
Heleno entra no vestiário após um resultado desfavorável do time (qualquer empate já o tirava do sério, pois era um vitorioso nato, que amava o que fazia e o clube que defendia). Um colega debaixo do chuveiro resolver tirar sarro da sua cara:
- Lá vai o grande Heleno de Freitas, aquele que o jornalista 'x' escreveu em sua coluna que se acha maior do que um jogador de futebol.
Resposta de Heleno, voltando, suspendendo o tratante pelo pescoço, imprensando no azulejo e babando de raiva:
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